Capítulo 67 - Revolta

207 55 10
                                    

Quando ouvi de Elisa que Ana foi capturada, meus olhos ficaram vermelhos e a Aura do Soberano se ativou escapando aos poucos do meu corpo sem que percebesse.

O corpo da empregada nível F1 tremia descontroladamente. Ela nem conseguia puxar ar para os seus pulmões e logo caiu de joelhos.

Mais pessoas vieram pelo corredor, eram os cidadãos que viviam aqui. Eles também sentiram a pressão e foram ao chão.

Bloqueei parte da energia a tempo de salvar suas vidas.

– Elisa, o que você quer dizer com capturada? Onde ela está?

Mesmo com a Aura do Soberano reduzida, ela ainda chorava e não conseguia se levantar.

– S-S-S-Senhor, piedade... Não havia nada que pudéssemos fazer.

Elisa foi sempre assim. Quase esqueci que o antigo Oscar também a traumatizou com os seus atos desumanos.

Controlei minha raiva respirando profundamente e disse:

– Tudo bem Elisa, só me diga. Nada de ruim acontecerá com você.

Com um pouco de hesitação, a empregada reuniu coragem.

– Homens do palácio vieram buscá-la. Ela estava defendendo o castelo nas muralhas e mandou que nos escondêssemos aqui. Disseram que foi acusada de traição.

Meus músculos se contraíram e as veias do meu corpo se tornaram mais expostas enquanto tentava segurar minha ira.

Então o primo de Yasmin chegou antes de mim!

No mesmo instante, Yasmin foi para o lado de Elisa e se ajoelhou no chão pedindo piedade.

– Por favor, por favor, não foi minha intenção. Não me mate!

A ignorei por enquanto e, com um pouco mais de explicações de Elisa, descobri que eles partiram minutos atrás. Olhei para a direção que seguiram. Ainda podia vê-los a alguns quilômetros de distância. Os meus inimigos sobrevoavam os monstros nas costas de uma águia branca com 70m de comprimento.

Me virei para o resto dos cidadãos do Castelo Negro. Eles permaneceram de joelhos temerosos pelas suas vidas. Havia muito tempo que não viam o seu Lorde e ainda voltou num momento tão complicado. Ninguém queria sofrer o castigo por não ter protegido Ana.

Tinha que tomar decisões rápidas, então estendi uma mão na direção deles abrindo um portal azulado.

Usei magia do vento para sugar as pessoas para dentro dele. Todos gritaram assustados pensando que era seu fim. Alguns seguraram pilastras e até cravaram suas unhas nas brechas das paredes e do chão tentando evitar serem levados, mas não podiam resistir. Eram fracos demais.

Elisa me olhou temerosa. Seus soluços pararam e ela, sem escolha, também foi arrastada para dentro do portal.

Fechei o portal para o dungeon. Lá eles estariam mais seguros, mas imagino que pensarão que os mandei ao inferno quando se depararem com aquele mundo escuro e macabro.

Fui até o marco de uma janela.

– Pessoal, irei na frente. Cuidem das coisas aqui.

Prevendo o que iria fazer, Samanta tentou me deter, mas usei Troca Espiritual me teletransportando para o lugar de um dos Canhões Mágicos nos muros do castelo. De lá, pulei no mar de inimigos.

Lobos, leões, ursos e lagartos gigantes tentaram me devorar no caminho. Criei Selos Espirituais na forma de finos fios de cabelo branco. De perto, podia-se ver que eram feitos de runas.

Invocação Golem 2 - O despertar dos DungeonsOnde histórias criam vida. Descubra agora