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Ret

Entrego o microfone pro cara, e entro no meio do povo procurando a Anna.

Um homem vem até a mim e eu já o olho estranho.

Xx: Filipe? - cruzo meus braços.

Ret: é, qual foi? - procuro a Anna com o olhar mas não acho por aquela porra tá mais lotada do que quando eu cheguei.

Xx: Portugal. - eles estende a mão e eu olho pro mesmo apertando. - produtor de música. - Solto a minha mão e olho pra ele.

Diogo: ah, já se encontram. - ele brota do nada com a Anna do seu lado.

Olho pra ela que me olha e sorri me fazendo sorrir de volta.

Um cara passa encostado nela e a mesma desvia respirando fundo. Dou uns passos pegando na sua mão trazendo ela pra mim, deixando a mesma na minha frente.

Ret: fica aqui. - sussurro no seu ouvido.

Portugal: gostei muito de vc cara. - olho pra ele. - tu tem talento pra caralho! Aqui tá meio complicado de conversar sobre isso, então.. - pega um papel do seu bolso e me entrega. - aí está meu contato.

Olho pro papel vendo que era dois números de telefone, e umas redes sociais que eu acho que era da gravadora.

Ret: valeu.. - Anna olha pra mim e pega o papel da minha mão.

Portugal: Espero uma mensagem sua. - Anna me entrega o papel e eu pego colocando no meu bolso. - Investe nesse Dom que tu tem cara! Tu vai longe.

...

Deixo a Anna em frente ao seu apartamento, e olho pra ela quando a mesma me entrega o capacete.

Anna: pra onde se vai me levar? - nego com a cabeça e ela bufa.

Ret: vai lá pegar seu casaco. - ela concorda e entra no seu prédio.

Passo a língua nos lábios me encostando na minha moto e cruzo meus braços olhando pro chão.

Te falar que eu tô pensando mesmo em mandar mensagem pro Portugal.

Não custa tentar tá ligado? Se muita gente diz que eu sou bom nisso. E principalmente ele que é um produtor.

Respiro fundo e pego meu celular e o papel no meu bolso. Entro no Instagram procurando o perfil dele e da gravadora.

Quando eu achei eu rolei um pouco o perfil e comecei a seguir logo o mesmo me seguiu de volta.

Anna: pronto. - tiro minha atenção do celular e olho pra ela.

Ret: vamos lá então. - entrego o capacete pra ela e a mesma pega, subo na moto e ajudo ela subir, que passa seus braços pela minha cintura.

Anna: não vai mesmo me contar pra onde a gente vai? - olho pra trás.

Ret: vou te levar pro um lugar lindo..

Ligo a moto indo em direção a uma prima deserta aonde que eu ia as vezes quando eu precisava colocar minha mante no lugar.
Quando chego lá ela desce da moto e eu faço o mesmo.

Anna: nossa olha isso. - ela aponta pro céu e eu olho vendo ele cheios de estrelas.

Ret: vem cá. - ela olha pra mim. - se gosta de vinho? - ela sorri e concorda. - escolhe um lugar lá na areia pra sentar que eu vou comprar um.

Ela concorda e eu atravesso a rua indo nas únicos comércios abertos pela hora.

Sento do seu lado depois de ter comprado o vinho e ter pego dois copos.

Anna: hm, vc está muito estranho. - dou o copo com o vinho já servido.

Ret: estou? - a concorda. - impressão sua. - deixo a garrafa de vinho do meu lado. - vc me trata bem, e eu te trato bem tbm.

Bebo meu vinho e ela olha meus movimentos, encaro seus olhos escuros mas que estava iluminando com a luz da lua que batia no seu rosto.

Anna: para de me olhar assim.. - ela sussurra ainda me olhando.

Nego levemente com a cabeça mantendo o contato visual.

Ret: tu só volta pra casa amanhã. - minha voz sai rouca e ela engole o seco me fazendo sorrir de lado.

Anna: posso saber o por quê? - dou um sorriso e bebo meu vinho ainda olhando nos seus olhos.

Ret: vc vai saber.. já, já.






Renascer | Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora