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Ret

Respiro fundo passando a mal no rosto e encosto minha cabeça na parede.

Eu estava sentado no chão já que eu não consegui levantar e nem nada.

Fiquei uns 20 minutos mais ou menos ali vendo se a dor diminuía pra pelo menos eu consegui levantar e ir tomar o remédio pra dor.

Coloco à mão no chão dando impulso pra me levantar e assim eu faço.

Ainda sentia uma dorzinha mas não era como estava.

Eu nunca tinha sentindo aquela dor antes. Veio mais forte do que todas as outras.

Eu acho até que se juntasse todas as dores que eu senti nem ia chegar perto do nível que eu senti hoje.

Coisa de outro mundo.

Abro a caixinha de remédios que ficava sem cima da bancada e peho a cartelinha do remédio mais forte que eu tinha.

Olho pro chão vendo os cacos de vidro e a água espalhada.

Ret: depois eu arrumo isso. - falo sozinho andando devagar até a pia pegando um copo. - sem condições agora! Saco. - solto um gemido baixo de dor.

Encho o copo com água e coloco o comprimido na boca tomando a água logo depois.

Me encosto na pia olhando pra um ponto fixo enquanto eu tomava o resto da água.

Passo a língua nos lábios deixando o copo dentro da pia e ando devagar saindo da cozinha.

Pego meu celular na bancada e vou até meu quarto. Sento com cuidado na cama e coloco à mão no peito sentindo meu coração acelerado.

Respiro fundo me deitando na cama.
Olho pro teto e fecho meus olhos me deixando levar tentando esquecer da dor que eu ainda sentia.

Abro meus olhos e nego com a cabeça vendo que eu voltei pra aquele lugar.

Mas diferente das última vez, eu conseguia me mexer e não estava tão escuro.

Aquela pequena luz já não era tão pequena assim é eu conseguia enxergar ela perfeitamente.

Ela estava mais perto? Ou eu que estava mais perto?

Respiro fundo e começo a andar na direção daquela luz. Eu queria saber o que tinha lá.

Queria saber do pq só lá está iluminado. Ou se alguém estava iluminando aquele só local.

Começo a andar em direção a luz e cada passo que eu dava meu coração acelerava mais.

E eu sentia que eu deveria continuar indo.

Eu não olhava pra trás nem nada. Eu só andava teto como se aquilo ali fosse a coisa mais importante que eu devia fazer naquele momento.

E realmente era!

Mas eu paro de andar assim que meu corpo se choca com algo que eu não conseguia ver.

Tento colocar a mão mas não sinto nada.

Tento voltar a andar novamente mas a tentativa é falha com o impacto que eu sinto.

Olho pros lados mas está tudo escuro. A luz não iluminava os lados.

Olho pra cima mas a única coisa que eu vejo é um breu.

Diminuo meus olhos mas eles vão se fechando automaticamente sem eu nem perceber.

Abro meus olhos mas fecho rapidamente com a claridade da luz da lâmpada batendo no meu rosto.

Me sento na cama passando a mal no rosto e respiro fundo.

Ret: eu estou ficando doido. - resmungo me levantando indo em direção ao banheiro.

Tomo um banho rápido só pra acordar e volto pro quarto passando em frente à minha escrivaninha aonde que estava algumas folhas.

Pego uma vendo que era a música que eu estava escrevendo pra Anna.

Me sento na cadeira e começo a ler ela.

Ret: hoje eu me sinto inspirando sou um homem de sorte...

Começo a cantar sozinho e isso me fez a continuar a escrever ela. Já que eu tinha parado.

Eu precisava viver alguma coisa com ela pra terminar alguns trechos.

E assim finalmente pedir aquela mulher em namoro, e oficializar o que a gente tem.

E tentar falar o que eu mais estou querendo dizer a ela..

Pego meu celular entrando no insta da loja que eu vi que vende uma aliança perfeita que eu vi e achei a cara da Anna.

Mando mensagem pra loja e encaro as folhas na minha frente.

Tudo indo do jeito que eu estou imaginando... E espero que continue assim.

Renascer | Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora