Ret
Maratona 4/5...
Anna me encarava séria e de braços cruzados e eu tbm estava da mesma forma.
Ret: pra que tudo isso? - ele diminui os olhos. - quem tá sentindo essas dores são eu! - aponto pro meu peito. - que decide se eu vou ou não no hospital sou eu! Vc não tem que se meter! Já até deixou claro que a vida minha e eu faço o que eu quiser.
Falo tudo rápido e a expressão que ela faz me cai a ficha que eu falei merda! Muita merda.
Anna: beleza! - se vira pra ir embora mas eu vou rapidamente até a ela.
Ret: não Anna, caralho. - puxo ela de volta. - não era pra eu ter falado isso..
Anna: tá legal Filipe! A vida é sua e vc sabe o que vc faz! Agora me solta.
Ret: Anna...
Anna: me solta! - ela repete sem me olhar e eu respiro fundo a soltando.
Ret: aonde vc vai? - pergunto seguindo a mesma.
Anna: pra minha casa! - ela para na calçada e pega seu celular.
Ret: tu tá longe de casa, eu te levo. - tento fazer ela falar cmg mas a tentativa é falha.
Anna: estou chamando o Uber! - ela fala só isso ainda sem me encarar já que sua atenção estava pro seu celular.
Ret: Anna sério..
Anna: Filipe! - ela finalmente me olha. - a gente conversa depois.
Um carro para na nossa frente e ela olha pro mesmo e olha pro celular ligo depois.
Ela nem olha mais pra mim, só começa a andar em direção ao carro.
Anna: só queria que vc entendesse que eu me preocupo contigo! - ouço sua voz e olho pra mesma que estava a parada com a mão na porta do carro. - e é por isso que eu quero tanto que vc vá ao hospital.
Ela abre a porta do carro entrando no mesmo não me dando chance de responder.
Respiro fundo e passo a mão no rosto negando com a cabeça.
Vou até meu carro e entro no mesmo, fechando a porta e encostado minha cabeça no banco.
Ret: vacilou pra caralho. - falo pra mim mesmo e fecho meus olhos.
Mordo meu lábio quando sinto uma pontada fraca no meu peito.
....
Coloco a comprimido na minha boca e pego o copo com água bebendo o mesmo.
Respiro fundo passando a mão no peito e pego o celular vendo que ela não respondeu nenhuma das minhas mensagens.
E eu não tiro a razão dela! As vezes eu sou escroto não nego.
Volto pro meu quarto tentando ir fazer a única coisa que me trás paz nesse momento.
Sento na cadeira olhando olhando o notebook na minha frente.
Tento me concentrar mas só vem a Anna na minha cabeça.
Começo a pensar nas coisas que eu vivi com ela. E é isso que me faz começar a escrever.
Batuco meus dedos na mesa em um ritimo qualquer.
Ret: "com ela a vida tem momentos incríveis"
Todos os momentos que eu passei com ela vinha na minha mente.
Até que eu lembro de todas as vezes em que ela me incentivou a entrar no mundo da música.
Toda vez que ela insistiu que eu tinha talento e que eu devia sonhar grande.
Ret: "com ela todos meus sonhos são mais possíveis"
Dou um sorriso quando consigo tirar alguma coisa, e escrevo essas frases.
Penso que antes de conhecer ela, a mesma já batalhava pra caralho! Pra entrar em uma faculdade de médica e que não é nem um pouco fácil.
E eu? Nem se fala! Correndo atrás das minhas metas em um corre complicado.
Ret: Separados somos fortes...
Mordo meu lábio e respiro fundo escrevendo essa frase.
Encosto minha costas na cadeira e começo a pensar em como minha vida mudou quando ela chegou.
Não só a minha como a dela! A gente dividia tudo! Corria atrás das metas um dos outros juntos.
Ret: juntos, imbatíveis...
Porra! O que foi isso?
Ret: Separados somos fortes, juntos, imbatíveis...
Repito pra mim mesmo novamente e dou um sorriso começando a escrever e vendo que é só pensar nela que todas as ideias vem.
Ret: Nossa história é a real glória. - canto baixinho o que vinha na minha mente. - digna de cinema.
Pego meu celular não aguentando mais e entro na minha conversa com ela.
Filipe: eu sei que eu errei.
E erros do passado vale repensar..