Ret
Sento na cadeira e Anna senta do meu lado calada.
Respiro fundo e passo a mão no peito fazendo ela me olhar.
Anna: o que foi? - nego com a cabeça. - já era vc ter ido no médico a muito tempo.
Ret: já entendi o sermão já. - ela revira os olhos.
Anna: me mostra aonde dói.
Pego na sua mão e levo pra de baixo do meu peito. Tiro minha mão da dela e ela movimenta os dedos naquela região.
Ela passa os dedos calmamente e aperta um local com o dedão, e me olha pra ver se eu tinha alguma espressão.
Anna: dói quando eu aperto? - nego e ela suspira. - menos mal.
Ela continua movimentando o local e eu não sinto nada.
Ret: o que foi?
Anna: não está doendo? - nego. - nada?
Ret: não! - ela aperta com mais força, mas mesmo assim não sinto nada.
Ela tira a mão do meu peito e me olha estranho.
- Filipe Cavaleiro de Macedo da Silva Faria!
Ret: pra que falar meu nome todo? - resmungo me levantando e esculto uma risada fraca da Anna.
- é você? - concordo. - e ela? - aponta com a cabeça pra Anna.
Ret: tá comigo!
- Ok! É por aqui. - ela começa a andar e eu sigo a mesma com a Anna do meu lado. - podem entrar.
Dou duas batidinhas na porta e esculto um "entra" e assim eu faço.
- boa tarde! Filipe? - o doutor sorri pra gente e eu concordo me sentando na sua frente e Anna do meu lado.
Ret: boa tarde. - Anna tbm comprimenta ele e eu respiro fundo.
- o que vc está sentindo?
Começo a falar tudo que eu estava sentindo nesses últimos meses.
Já que eu sinto uma dorzinha a um tempo! Foi pior agora.
- já veio procurar saber antes?
Ret: não! - ele concorda e começa a assinar o papel.
- vc vai precisar fazer alguns exames tá? - concordo. - essas dores vem do nada?
Ret: sim! As vezes vem fraca, as vezes vem forte pra caralho. - sinto o pé da Anna bater no meu me repreendendo.
- quando elas vem forte?
Ret: do nada! - ele concorda.
- beleza Filipe! Eu vou marcar os exames pra essa semana mesmo! - concordo. - a gente tem que ver isso o mais rápido possível.
Anna me olha com uma cara de " eu avisei"
- aqui toma! - ele me entrega dois papéis. - são os exames que vc vai precisar fazer e alguns remédios para a dor.
Ret: valeu! - me levanto e a Anna faz o mesmo.
- a gente se encontra daqui a dois dias. - ele estende a mão e eu aperto. - não falta!
Anna: pode deixar! Ele vai vim nem se for arrastado. - o doutor da risada e eu olho pra ela com as sobrancelhas erguidas.
Saio da sala depois que eu saio do hospital entro no carro e a Anna faz o mesmo.
Ret: se vai vim comigo fazer os exames! - ela olha pra mim e concorda.
Anna: tem medo de hospital Filipe? - ela pergunta rindo.
Ret: sensação estranha que né traz. - respiro fundo. - sei explicar não.
Ela me olha calada e concorda logo depois.
Ret: desculpas! - falo depois de um tempo em silêncio e ela olha pra mim. - falei merda aquele dia e sei disso.
Anna: fiquei chateada.. - mordo meu lábio. - eu fico preocupada contigo - ela fala baixo. - me importo com você!
Ret: eu sei desculpa! - ela suspira e concorda. - vacilei e tenho consciência disso!
Anna: tudo bem passou já! - sorrio e me aproximo dela. - o que tu quer? - ela pergunta rindo.
Ret: um beijo. - sussurro e ela sorri. - e outra coisa.. - ela solta uma gargalhada.
Anna: vc é péssimo! - sorrio e sou um selinho nela.
Sinto suas mãos no meu pescoço e coloco as minhas na sua cintura e a outra por dentro dos seus cabelos puxando ao decorrer do beijo.
Ret: Eu senti abstinência de você - ela sorri.
Anna: aé? - concordo e encosto minha cabeça no banco do carro olhando pra ela.
Ret: você é a minha droga tá ligada? - aponto e ela me olha confusa. - a tua ausência me fez enlouquecer. - falo baixo.
Anna: vc para! Que assim eu me apaixono mais...
Ergo minhas sobrancelhas na hora e ela rir.
Ret: mais? - ela morde o lábio e da de ombros. - gostosa em peguei de jeito.
Ela solta uma gargalhada e bate no meu ombro.
Anna: deixa de ser idiota!
Ret: bora matar a saudade minha linda? - sussurro me aproximando mais dela.
Anna: vamos...