Capitulo 8🌈

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Estou sentado na secretária do meu quarto.
Fazendo um trabalho de estatísticas diárias e cálculos de dados e só posso me focar pôs amanhã será entrega deste trabalho.
Ouvindo música para buscar todas minhas inspirações e não demora muito pra que elas comecem a fluir.
É provável que não sabias, mas somos cerca de 5 milhões de pessoas vivendo em Joanesburgo e dessas apenas 2 mil tem uma vida economicamente estável.
Somos umas das maiores cidades do país e ainda assim têm gente que desconhece o quê seja subsidio alimentar ou transporte.
Aqui 61% da população não tem um valor alto de salário e fica por isso mesmo.
Mas todos os finais do mês os impostos são cobrados obrigatoriamente.
Minha família é sortuda por fazer parte dos
39% da população com boas possibilidades financeiras, mas sem dúvidas que a minha mãe é a maior investidora de nossos luxos.
Desfolho a página 19 quando ouço pedras estilhando a janela de meu quarto.
Uma, duas e três até quando eu vou perto da janela e olhar pra baixo no quintal e ver Ranger em pé pronto a arremessar outra pedrinha, quase não o reconhecia no essa mochila nas costas e com boné preto.

— O quê você faz aqui à essas horas? Pergunto assustado.
— São só 22 horas Jonathan. Diz ele baixo
— Você está louco? Pergunto rindo.
— Não age como se fosse uma coisa rara, pôs não é. Ele abre sua mochila e tira uma corda e lança pra janela.
— O quê vai fazer? — Meus pais estão em casa.
— É, por esse motivo eu não entrei pela porta. Ele escala enquanto eu prendo a corda no pé da minha cama.
— Por um segundo eu quis ligar pra polícia. Digo me certificando que não há ninguém olhando pela rua.
— E o quê ias dizer? — Senhor agente, meu melhor amigo veio me visitar durante a noite sem avisar? Ele ri alto.
— Eu não te reconheço mais. O puxo para dentro rindo.
— Isso é um elogio? Ele possa a mochila na cama e se senta por cima da escrivaninha.
— Não. — E meus pais não vão gostar de ver você aqui à essa hora.
— Jonathan, primeiro é que você só tem uma mãe. E segundo: Ela só vai saber se você a contar.
— É um modo de dizer. Reviro os olhos me atirando na cama.
— Não é nada. — Seu padrasto já é...
— Não é nada, esquece!
— Que curioso. Ele me olha firme com aqueles olhos pequenos feito japonês.
— Aonde aprendeu a ser tão contraditório?
— Com a Olívia. Ele gargalha
— É, essa eu vou concordar. Sorriu pela primeira vez desde que Ranger chegou.

Deixo a finalização do meu trabalho para depois e nos acomodamos no tapete do quarto enquanto ele coloca o laptop num centro à frente de nós para assistirmos um filme.
Uma saga de vampiros que nós já tínhamos visto umas duas vezes num site.
É diferente de Crepúsculo ou Diário de um Vampiro ou até Anjos da Noite.
É uma coisa meio bizarra e comediante de dois rapazes que são mordidos no dia das suas formaturas e veem-se obrigado a não
revelar sua identidade mas na primeira oportunidade se mostram e são banidos da cidade mas depois voltam e matam todos.
Saiu à terceira parte depois de dois anos de espera, na verdade foi só Ranger que deve ter aguardado ansiosamente por esse filme pôs já sei que na bilheteria foi um fiasco.
Meu género de filme favorito é romance mesmo não me considero alguém muito lá tão romântico, então quase nunca assisto ficção científica ou fantasia.

— Vou fazer pipocas para nós. Falo
— E achaste que eu já não tinha pensado nisto? Diz tirando da mochila dois sacos de pipocas salgadas.
— O quê mais tem aí nesta mochila? Pergunto curiosamente tenso.
— O que foi? — Deu para ser fuxiqueiro com as coisas alheias.
— Não. Eu só queria ver, ok? Tento pegar mas ele esconde entre os braços.
— Não se preocupe, seus problemas não cabem aqui. Ele gargalha alto.
— Engraçadinho. O atiro com uma de suas converse preta.
— Vai se ferrar. Ele me empurra rindo e me faz bater contra à cabeceira da cama fazendo um barulho enorme.
— O quê está acontecendo aí Jonathan?Minha mãe grita no corredor do quarto.
— Estou fazendo sex... Ranger quando fala mas sou rápido e o golpeio com minha almofada e sufoco por uns segundos.
— Jonathan? A voz da minha mãe ecoa mais perto.
— Não é nada mãe! — Era só uma mosca.
— Está bem! A voz se afasta e vou até a porta espreitar ela descendo a escada em direção a sala.
— Mosca? de noite? Ele ri alto.
— O quê foi? — Não tinha analisado este detalhe. Tranco a porta.
— Quase esgalguei de rir.
— Melhor ficar quietinho se não quer que meus... melhor, minha mãe te pega aqui.
— Ok. Já entendi.

Se Eu Fosse VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora