Capítulo 41🌈

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Me preparo em poucos segundos, e visto à minha roupa menos casual.
Visto uma calça jeans rasgado e pego um moletom roxo com desenhos de unicórnios vomitando arco-íris, que ganhei de Ranger no natal passado.
É a única peça de roupa explicitamente gay que tenho em meu guarda-roupa.
Confesso que nunca havia visto antes.
Talvez porque nunca houve uma ocasião ideal para usar está roupa ou porque ela se revela por si própria.
Quando me reparo no espelho vejo que os meus olhos estão realçados e minha cintura fica meio marcada quando me movimento.
A cor do tecido reluz em pouca luz.
Estou evidente e um pouco óbvio demais.
E é isso que eu quero, indirectamente.
Não quero passar despercebido por todos.
Hoje é uma noite especial.
Olho pra o relógio de pulso e são 20 horas e 14 minutos.
Eu sempre perco a noção do tempo.
Quando peguei o metro se passou uns 15 minutos de tempo até eu chegar na zona.
A casa de Jake é a sexta de uma grande rua a 10 km de metro de minha casa.
Nunca estive aqui antes.
Está é a zona mais sossegado e isolada de Joanesburgo.
Mas Ranger e Sophia conhecem melhor à direção até aqui, por isso eles devem chegar primeiro que eu.
As casas por aqui são bastante silenciosas e pavorosas quanto boa para se esconder do tumulto da cidade.
Sigo a ressonância electrónica da música saindo da casa de Jake.
É uma destas casas com dois quintais, por frente e por parte de trás.
E quando dou conta estou me esfregando nas pessoas para poder passar e ter acesso ao interior do quintal principal da casa.
São quase 30 pessoas em um cubículo tão apertado e quadrado chamado de quintal.

A maioria de todos garotos que estão aqui integram o resto do time de basquetebol de Wellington.
E as meninas, na sua minoria estão dentro do clube de torcida do time.
Conheço 90% de todos que estão aqui pelo menos a uns 2 anos.
Sigo cerca da metade de todos aqui mas não saberia nem dizer o nome completo de cada que julgo ser conhecido.
E nenhum fora: Jaciel, Malagueta e Ruben têm uma ligação mais próxima comigo.
Com próxima quero dizer: — Diálogo.
É tipo de festa para comemorar a vitória do time de Wellington.
Então, deveria supor que o ambiente seria infestado de caras desportivas, descolados e cheios de vontade encher a cara de álcool.
Quando entro totalmente reparo em todos que encaro a procura dos rostos amigáveis para poder me aconchegar.
Não vejo o Raphael em lugar nenhum.
Nem Olívia, Ranger e Sophie.
E fico por segundos me perguntando se eu realmente estou na festa certa.
Me encosto numa parede perto de umas 4 garotas conversando e rindo alto.
Começo a ficar meio tímido encolhido em um canto invisível para todos.
Onde você está? Acho que estou tão desnorteado...
Escrevo e envio para o Raphael.
E se passam seis minutos e nenhum sinal.
Raphael sabe que detesto ficar no vácuo.
E é nestes momentos que adoraria criar um grupo no FaceTime para poder falar com todos ao mesmo tempo.
Estou no interior da casa de Jake.
Quando leio a mensagem vou até a direção da porta e entro espaçosamente no interior da casa e tenho a sensação de ser tirado de um poço escuro quando vejo o Ranger, a Sophia, Olívia, e Raphael do outro lado da casa rodado de outros rapazes do time.
Me aproximei rapidamente subindo umas escadas de 3 degraus.
E surjo por trás de Ranger e Sophia.

— Por um momento achei que tivesse na festa errada. Falo ganho espaço físico.
— Você perde sempre o tempo! Sophia diz ao me encarar.
— Esse é moletom que... Ranger diz pondo a mão à boca.
— Sim. Aceno a cabeça. — É o que você me ofertou no natal passado. Abri um riso ao me estilar com a peça de roupa.
— Fico perfeitamente bem em você! Ranger diz ao me analisar.
— É um cavalo? Sophia pergunta ao pegar de leve no moletom.
— É um unicórnio. Ranger diz rindo. — E ele está vomitando um arco-íris!
— É peculiar. Sophia ri perdida.

Nunca reparei como Sophia tem um lindo e puro sorriso feminino.
Daqueles que parecem não fazer muito esforço para ser notável.

Se Eu Fosse VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora