Quando o jogo está pela metade, em que a equipa adversária está ganhando por uma margem de: 67 pontos vs 61 pontos, há um numeroso actos de substituição da parte da nossa equipe, digo: equipa de Well School.
Ranger finalmente chega, mas fica perdido no parque de estacionamento com Sasha já que nenhum deles conhece a arquitetura.
Sophie se ofereceu a ir buscar-los até nós.
E eu mal posso acompanhar-lá pôs o jogo parece ficar tenso demais.
Quase nem pestanejo, respiro ou olho pra o lado quando Ranger e Sasha chegam perto de nós, nos acentos.
Raphael saiu antes da segunda parte e eu fiquei literalmente indignado pôs eu vi o quão ele estava jogando incrivelmente bem, sem favoritismo, ele foi o máximo.
Que treinador mais confuso e sem noção, é óbvio que é uma péssima ação substituir o Raphael, agora, no meio do jogo.
O jogo parece ficar ainda mais difícil e frio para a nossa equipe, quando o Efraim se enfurece e entra numa troca de palavras com um jogador adversário, de número 22, um tal de George Patrick.
Por uns tantos segundos ele falam coisas um pra o outro, até o instante que o Efraim mostra o dedo do meio pra ele e grita algo como: "vai se lixar, seu..." o resto eu não consigo ouvir. Mas consigo ver quando o Efraim vai até ao encontro do tal George e mesmo sendo travado por uns 3 jogadores adversários, ele parte para cima do George e da um murro brutal no nariz do jovem e logo, que ele cai ao chão, se instala um alvoroço violento em que 5 dos jogadores adversários agridem Efraim violentamente, antes mesmo da equipe de árbitros chegar e os rapazes de Well School pra o proteger.— O quê está acontecendo? Ranger me cutuca na nuca, por trás de mim.
— Não sei, exatamente. — É uma briga.
— Por Deus! — Efraim não consegue ficar longe de brigas, que moço rude. Olívia diz mas logo se enrijece pôs vê Sasha bem atrás de si.
— Me desculpa aí, Sasha. — Sei que ele é o seu irmão mas não dá...
— Eu entendo. Ela ri sem graça. — La em casa ele é assim, meio brutal. Ela esfrega as mãos, envergonhada.
— Aqui não é em casa. — Lamento mas ele acabou de perder a oportunidade de levar nosso time a vitória. Digo pra ela em meio nervoso e preocupado.
— Alguém prenda esse homem! Um moço estranho grita da arquibancada.
— O quê será que ira acontecer? Ranger se inclina para enxergar o Efraim a ser expulso do campo.
— Não pior da hipóteses, ser preso. Digo frustrado.
— Que vergonha! Ranger põe as mãos na cara após ver os adeptos vaiando Efraim e os jogadores de Well School.
— O clima ficou tenso. — Preciso ir. Sasha se levanta e anda até à porta de saída.
— Onde você vai, Sasha? Ranger grita pra ela, após a ver caminhar.
— Ver o meu irmão, óbvio, não é? Ela responde com um olhar furioso e triste ao mesmo tempo.
— Eu vou com você... Ranger sai de perto de nós e segui Sasha que desaparece de nós
— Isso é digno de uma matéria no blog. Olívia ri após começar a filmar tudo.
— Sério? — O quê vai fazer? Perguntei a ela meio indignado.
— Vou enviar pra o blog, talvez ganhe uma proporção estrondosa. Ela ri, debochando.
— Isso já é constrangedor demais ao vivo e é certo que não precisamos de rever nada.
— Ok. Ela se senta. — Já consegui o que eu quis. Olívia desliga o telefone.
— Jaciel está no meio disto, não te aflige?
— Por ele está sendo vaiado junto com os outros rapazes?
— Exatamente. Falo procurando ver Jaciel e Raphael, mas eles estão fora do campo.
— Jaciel não fez nada. — Efraim sim. Ela diz meio na defensiva.
— E eu sei. — Mas acha que ele vai querer ver um vídeo nada animador? — Em que ele s sua equipe estão sendo insultados?
— Não sei. Ela coça os olhos, friamente.
Venho Sophie chegando do fundo.
— Por onde você estava? Olívia pergunta pra ela, assim que ela chega perto.
— Eu fui ver tudo de perto. Ela ri meio energética. — Efraim foi levado para uma delegacia, e está suspenso de jogar hoje.
— Caramba! Olívia leva a mão a boca.
— O quê aconteceu de fato? Perguntei a Sophie, já que deverá ter ouvido algo.
— Supostamente o George, já agora, um gato... Ela trava. — Deu uma cotovelada a olho esquerdo de Efraim...
— E por isso eles brigaram? Questiono-a incrédulo.
— ...Aí acredito que Efraim deve ter dito algo de muito ruim para o George.
— Do tipo: vai se lixar e tal? Perguntei.
— Não. — Algo racista e xenofóbico. Ela argumenta.
— E como sabe de tudo isso? Perguntei a ela, desconfiado.
— Eu estava perto do balneário deles, ouvi tudinho. Se ri alto, olhando ao seu redor.
— Então, não haverá mais jogo? Digo um pouco alto pôs a multidão faz um barulho irritante.
— Isso eu não pude saber. — Parece que não é uma decisão de Well School e sim da organização do campeonato. Disse Sophie.
— Ouvi dizer que os selecionadores de grandes equipes de NBA estariam por cá. Olívia afirma, observando a multidão.
— E se assim o for, já era a grande chance de Well School de vencer. Sophie comenta.
— Não acho justo! — Não se pode pagar pelo erro de uma pessoa. Afirmo triste.
— Efraim representa o time de nossa escola sendo Point Grand. — É óbvio que se penalizará todos, de alguma forma. Olívia explana, um pouco desconfortável.
— Isso se ele continuar sendo o Armador principal da equipe... Digo por alto.
— Exatamente. Sophie da um sorriso sarcástico para mim.Nos 30 minutos seguintes, à quadra está vazia e nenhuma das equipes se faz mais presente, jogando, por agora.
Deverão estar tentando achar uma forma de tudo isso não se problematizar muito.
Sou um misto de emoções: nostalgia, raiva, empatia e ansiedade.
Após um tempo de espera insuportável há um grupo de cantores amadores atuando na quadra, na intenção de roubar tempo até o jogo retomar, acredito eu.
É um trio de rapazes, fazendo playback de uma música de One Direction.
E pela forma em palco deles devem estar aí não por livre espontânea vontade.
Mas eles são animadores o suficiente para fazerem os torcedores se acalmar, cantar, e pedir por mais.
E quando eles cantam a terceira música, já não há sinal de raiva, indignação e revolta nos olhos de todas as pessoas por aqui.
E por segundos deixei de pensar no jogo, no estado emocional e psíquico do Raphael e apenas me deixo levar pela música.
Sei que eles irão voltar a jogar, e ganharão essa partida, eu acredito fielmente nisso, como se eu pudesse prever o futuro.
Depois do cantos e regozijos, há um homem de uns 35 anos, alto, negro, que entra no palco e pega o microfone das mãos do trio de rapazes e pede atenção de todos no local e começa a fazer uma análise.
Suponho que já jogou basquetebol algum tempo de sua juventude, pela sua postura de jogador de basquete.
Seu rosto é familiar, de algum lugar.
Parece ser alguém muito importante pôs quando ele da as suas saudações, todos entram em delírios de gritos e aplausos que perduram por uns 45 segundos.
Uns levantam-se, filmam e gritam o seu nome fervorosamente.— Não é o Denzel Washington, pôs não? Perguntei pra Olívia que aplaude, feliz.
— Claro que não. Ela abana a cabeça. — Este é o Kobe Bryant!
— O jogador de basquete? Perguntei lerdo rebuscado todas as memórias que tenho ao respeito dele.
— Sim, tem mais outro? Ela se inclina me vendo, perdido.
— Acho que não. Desvio o olhar dela.
— É um grande desportista. — Ele está na NBA, jogando para os Los Angeles Lakers.
— Que incrível. — Ele deve ser muito rico.
— Mutíssimo. — Meu pai disse que ele é um dos negros mais bem pagos no desporto
— Seu pai deve saber muito sobre ele. Dou um riso, e vejo os torcedores se silenciar.
— Um pouco só. Ela se ri também.
— Ele veio do Estados Unidos pra cá, pra ver um jogo de amadores? Sophie se intriga e isso me faz rir um pouquinho mais.
— Talvez ele esteja procurando um novo rapaz para brilhar no exterior. Olívia comenta, meio convicta.
— Ou só não tinha nada pra fazer. — Por ter saído de sua mansão em Los Angeles até uma ilha do Caribe, para ver uma trapalhada. Sophie se irrita.
— Talvez nada está perdido. Digo pra elas.
— Jaciel disse que ele é um olho de águia, a procura de uma nova estrela em ascensão, mas depois do episódio de hoje, não sei se ele irá querer investir em alguém de cá.Ficamos atento quando o Kobe conta o seu testemunho de superação até jogar para as grandes equipes internacionais da NBA.
De quantas vezes levou "não" das pessoas e que várias vezes foi excluído do meio pôs é um homem negro.
Suas palavras me invadem e deixam-me sensível demais. Me identifico com as suas últimas frases: "Quando se é negro, tudo tem que ser feito duas vezes mais".
Ele pede desculpas em nome das pessoas que organizaram o campeonato e diz que as vezes é normal brigar, que é difícil agir o tempo todo serenamente, ainda mais sobre enorme pressão das pessoas à volta.
Assume seu papel de orador como mestre e faz soltar gargalhadas das pessoas.
E fala tudo que queremos ouvir no dia de hoje: "O jogo ainda não terminou".
Sua frase é tão penetrante que sinto um misto de grandes emoções fortes.
E não sou eu apenas, todos, aplaudem e se alegram.
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Se Eu Fosse Você
RomantizmJonathan é um adolescente não assumidamente Queer, que vive na cidade de Jonesborgo, que vê sua vida virar de cabeça pra baixo apôs se apaixonar por seu colega do ensino médio, Raphael, que aparentemente é heterossexual e isso afeta bastante a relaç...