Se Eu Fosse Você

Capítulo 33🌈

Não é de todo a melhor circunstância para ele conhecer os sogros, — Raphael tem a razão, porém, não temos muito a perder.
Não é o tipo de acontecimento que mudará as nossas vidas drasticamente.
E vendo por outro lado, será positivo, dará a segurança que o Raphael precisa para ver que nem toda a sociedade é ruim e que há
pessoas que são empáticas que estão livres e dispostas amar o próximo diferente sem um julgamento.

— Oi Mãe! Digo abraçando-a fortemente.
— Ah, Jonathan, meu querido! Virgínia se estreita e me beija à testa.
— Tive muitas saudades, mãe. Falo após me de desfrutar de seus braços.
— Eu também. Ela sorri. — Se não fosse pôr Elton, nós já estaríamos passando a nossa segunda semana lá.
— O quê? Elton ouve ao entrar com uma mala azul. — Virgínia, diga para Jonathan, quem é quis ficar só pelas lojas de bolsas?
— Confesso. Minha mãe diz. — Eu só ia ficar pelas promoções e no dia seguinte, nós voltaríamos, Jonathan! Minha mãe diz em defesa, comicamente.
— Eu sei... Gargalho envergonhado.
— Você acha mesmo que eu ia te... Minha mãe para e observa que não estou mesmo sozinho.
— Mãe, Elton... Chamo-os na sala. — Esse é o Raphael. Apresento a eles.
— Ah, não, Raphael? Minha mãe põe a mão a boca, admirado. — Isso é sério?
— Sim, mãe. Abro um sorriso e pego nas mãos de Raphael, aproximando ele à mim.
— Espera... o quê vocês fazem juntos? Ela me olha meio desconfiada.
— Virgínia, que mania! Elton a belisca. — Acho que já deu pra perceber tudo, não?
— Acho que sim. Minha mãe analisa.
— Bem, seja bem-vindo, jovem. Elton abre a mão em saudação ao Raphael.
— Muito obrigado, meu senhor. Ele quase estende a mão apressadamente.
— Mãe! Arregalo os olhos e vejo a cara de timidez que Raphael faz.
— Eu... estou sem palavras! Ela repara em nós. — Agora sei o porquê o meu filho se encantou por você. Ela expõe um riso.
— Mãe! Ponho as mãos a cara. — Que vergonha! Abono à cabeça.
— Você é tão bonitinho. Ela se ajeita e da um abraço ao Raphael. — Seja bem-vindo à nossa casa.
— Muito obrigado, senhora Virgínia. Ele se retrai em pé, sorrindo timidamente.
— Fico feliz por finalmente conhecer você, é que Jonathan falou tanto de você... que já criei um afeto por ti. Dona Virgínia conta.
— Ele falou de mim? Raphael arqueio as sobrancelhas ao olhar pra mim.
— Não tanto assim... Tusso seco e acho que fico com vontade de urinar.
— Várias vezes! Elton comenta rindo e logo sai rapidamente antes que eu o atinja com meu olhar bravo.
— Gosto de saber que não sou um total estranho para vocês. Raphael esfrega as mãos, suando.
— Teremos muitíssimo tempo para nos conhecer melhor. Digo à eles.
— Essa viagem me deixou com fome. Elton diz, passando até à cozinha.
— Que tal um macarrão com queijo? Digo pra Elton.
— Acho delicioso. Elton concorda.
— Ficas para o jantar? Perguntou minha mãe ao Raphael.
— Não quero ser um incômodo... Ele se contrair no sofá.
— Óbvio que não serás. Minha mãe diz e olha para mim e logo, para Elton.
— Eu adoraria ter você cá no jantar. Digo ao Raphael, piscando os olhos.
— Está bem, fico sim. Ele abre um sorriso e olha rapidamente para mim.

Minutos depois, estou na cozinha com a minha mãe, cozinhando o jantar, ó menu que fica ao meu critério após ser arrastado até à cozinha, enquanto isso, Raphael e o Elton conversam na sala de estar, vendo um programa de TV, uma série policial.
Fico em pulgas cada vez que analiso este cenário, de Raphael namorado-me e sendo apresentado aos meus pais em minha casa, confesso que gosto de como tudo está indo mas em parte, receio que por outro lado, digo — A família de Raphael não ser assim tão pacífica e compreensível em relação ao namoro de seu filho, Raphael, comigo.
Mas estou feliz, apaixonado e livre.
Não me importaria em revelar tudo que eu sinto por Raphael pra as pessoas lá fora.
Queria que todos pudessem saber que não é impossível amar alguém do mesmo sexo.
As coisas nunca são tão perfeitas na minha vida, sempre que algo está indo muito bem, há sempre um incidente inesperado para acontecer. Espero verdadeiramente estar errado em relação a essa teoria pessoal.