Capíulo 9🌈

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Desvio em direção a arena de basquetebol e me desligo de qualquer aula futura.
Era pra eu me sentir tão erradamente mal apôs fugir do horário da aula.
Mas vendo Raphael se exercitando para o jogo na quadra faz-me perder qualquer culpabilidade e me convenço de que essa é a melhor coisa pra apreciar.
Me acomodo numa das mil cadeiras azuis ao lado de Ranger que está eletrizante por assistir o jogo ao contrário de mim que só está cá por ver a perfomance de alguém.
A quadra está quase lotada e há muitas pessoas do colégio que obviamente fugiram das aulas para estar aqui como eu.
O clima está muito quente pra princípio de Maio, a maioria das pessoas estão fazendo correntes de gritos para apoiar as equipes mas eu simplesmente não participo.
O jogo começa 20 minutos depois e o time do cré-well School está jogando contra um time de uniforme verde de Detroit que não conheço de lado nenhum.

— Wolf Green's. Diz Ranger.
— Que raio de nome é esse? Gargalho.
— É muito ruim. Diz ele concentrado.
— Provavelmente de um time que não tem melhor pretenção de ganhar.
— Eles são os melhores. — Campeões.
— Força Raphael! Grito me enchendo de entusiasmo.
— Uí, olha a carinha apaixonada dele.
— Pare com isso. Digo envergonhado.
— Você acha que ele é...
— Ranger aqui não! O impedi de falar.
— Ninguêm ouvira.
— Ainda assim... Olho a minha volta e só a torcedores desconhecidos.
— Ok, me calarei. Ele ri e eu o ignoro.
— Não preciso lhe dizer que está proibido de comentar sobre isso com alguém.
— Olívia? Ele estreita os olhos.
— Sim. Eu não lhe falo sobre essas coisas.
— Mas deveria, não?
— Eu sei. — Mas vou arranjar um tempo pra isso. Me estremeço dê receio.
— Ela vai entender, acredita Raphajonas.
— Pare com isso. Reviro os olhos rindo.

Não sei nada sobre a orientação sexual do Raphael e tão pouco se namora alguém.
O pior de ter contado pra Ranger sobre a minha queda por Raphael é que vou ser obrigado a ouvir um tanto de perguntas e piadas sem graça dele o tempo todo.

— Oi Rui, como vai? Diz Sasha passando por perto de nós com suas amigas.
— Melhor agora Sasha. Ranger responde rapidamente após ela ir pra o outro lado da quadra.
— O quê foi isso? Pergunto confuso.
— Ela falou comigo.
—E te chamou de Rui...
— E daí? Pergunta ele despreocupado.
— Seu nome é Ranger!
— Você não notou o ponto alto da coisa.
— Me faça entender. Peço rindo.
— Sasha me notou, tipo, fora do Twitter. E está claro que ela me conhece muito bem.
— Você tinha dúvidas disso?
— Sim, às vezes...
— E agora? Isso só prova que você deve se parecer com um tal de Rui. — Ela não te notou de verdade.
— Não? Você acha? Ele pergunta pensativo e confuso com suas ideias.
— Sim ué. Gargalho.
— Que se dane.
— É... Olho para a quadra de jogo.
— Dois pontos! Grande drible. Ranger diz pulando energetico.
— Big Faht está ganhando! Digo vendo o placar. 45pontos - 43pontos.
— Diferença de dois pontos apenas.
— Já é um avanço maior que eles.

É tão estranho essa sensação de estar aqui nas arquibancadas e torcer por um time de basquetebol que até um tempo atrás eu nem fazia ideia de que jogava tão bem.
Estou por causa de Raphael, para ver ele e poder analisar seu trajeto sem parecer constrangedor quando faço isso nas aulas.
Efraim é o capitão e o vejo encestar várias vezes e ainda assim sua Big Faht perde a bola enumeras vezes no terceiro tempo.
Mas sem duvidas que ganhei a minha tarde o vendo por aqui.
O jogo termina, e Wolf Green's ganha a partida por um intervalo de pontos muito alto. No último quarto eles estavam muito ágeis e desde então só vi Raphael encestar umas 2 vezes à bola e é tão nítida a cara dele de frustração assim como da maioria das pessoas que torciam por eles.

— Não foi desta. Ranger diz levantando.
— Foi por pouco. Digo triste.
— Você é muito optimista ou no mínimo não viu o jogo.
— Eles deram o máximo deles. — Haverá outras oportunidades para ganhar.
— Essa foi milésima derrota deles.
— Eles superam. Digo confiante como de visse o futuro.
— Sabe quantas vezes ganhamos o campeonato? — Nenhuma! Diz exausto.
— Acredita, eles são ótimos. — Deve estar ser mais difícil para eles.
— 58 contra 83 pontos? — Jonathan, diga pra si mesmo que perdemos tempo demais.
— Por isso você saiu do time. Falo.
— Ninguém quer perder o tempo todo. — Há que ter um equilíbrio na vida.
— Talvez esse equilíbrio ainda não tenha chegado, sei lá, só não de energias ruins agora. Digo saindo do corredor.
— Jonathan, é sério isso? — Estás tentando ser positivista porquê Raphael estava lá?
— Quê? Não, eu vi o jogo. Rio sem graça e olhando pra trás.
— Bem me pareceu. Ele pisca o olho.

Se Eu Fosse VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora