Estou apaixonado a 5 meses, 3 semanas, 4 dias e 12 horas. E isso tudo é novo para mim, eu nunca me senti tão caidinho por ninguêm. Me tornei vuneravél a qualquer ação inesperada de Raphael.
Todas as suas atividades me importam, eu tenho essa enorme curiosidade sobre ele.
E de alguma forma isso me assusta.
E se eu não for notado? E se tudo que eu estou sentindo não for correspondido?
Eu não sei lidar com a rejeição, eu juro.
Estou olhando pra ele e vejo o quão todo esse amor me transforma num ser sensivel e mais sonhador. Daqui a pouco não me assustarei se ficar pensando em casamento, uma casa, filhos e dois cachorrinhos.
Me sinto como um homem preste a pular de penhasco sem saber ao certo o que há por baixo, no solo.— Vamor começar o trabalho logo? Ele me pergunta apos usar o guardanapo.
— Sim, como quiser. Digo pra ele.
— Mas não aqui. E ele olha pra janela.
— No Jardim? Desço da cadeira rolante.
— Dia de jardinagem. Retorce os labios.
— Então, marquise. Sugiro sem querer.
— Anna iria nos estrovar. — Vamos pra o meu quarto. Ele pede.Oh gawd! Aguenta coração.
Pego minha mochila azul e sigo Raphael.
Passamos o mesmo corredor na direção da porta da saída, mas logo entramos numa sala e antes de subirmos as escadas vejo as molduras de arte nas paredes, conceituais.
Aposto que Dona Dayana coleciona todas.
Quase reconheço um dos quadros quando sou apanhado pelo Raphael analisando as obras de arte plasticas.— É linda, não é? Raphael se aproxima.
— Me desculpe. — Não resisti analisar.
— Tudo bem, ninguém liga. Ele olha pra um quadro azul turquesa com desenhos de dois passaros no ninho.
— Essa aqui. Ele aponta. — A minha mãe comprou quando eu ainda usava frauldas.
Travo rir e crio uma imagem de Raphael usando frauldas, quando criança.
— Esse? Aponto para o quadro turquesa.
— Sim. Ele se achega ao meu lado direito.
— É tão bonito. Analiso tocando.
— A natureza toda é bonita. Raphael me mostra o caminho e subimos a escada.Quando chegamos ao andar de cima, meio que tudo me parece reconhecivel.
Já que estive aqui num destes quartos.
O corredor dos quartos tem umas 5 portas castanhas, a do quarto de Raphael é a que vejo no final.
Ao entrar, sei que estou tendo acesso mais que Vip na mente do Raphael.
Mais informações, revelações e novidades.
Se você acha que redes socias ditam quem nos somos exclusivamente, está errado.
O quarto de alguem revela tudo e mais alguma coisa sobre a personalidade de um indivíduo. — Você nunca saberá se alguem é higiênico ou assiduo pela sua timeline do Instagram ou Facebook.
Quando entro totalmente, sinto o aroma e logo reparo que o quarto todo é pintado a creme, com papel de parede verde escuro.
Ventilador, Tv, escrivaninha de madeira onde ele deve escrever suas canções.
Mas o que me prende atenção é a estante de vidro onde Raphael guarda todos os seus trofeus, que provavelmente ganhou nas atividades de Basquetebol.
Há varias medalhas, podia até afirmar que são de campeonatos nacionais, de ouro.
Também há um quadro com a fotografia de um menino branco, cabelos louros lisos, aparelhos dentarios equipado, com uma bola de basquetebol no jardim.
Logo sei que é a versão de Raphael com uns 14 anos de idade, pela sua aparecia infantil.
Na verdade, há vários quadros dele e de sua família juntos. Vejo algumas de rajada:
Raphael relaxado numa espreguiçadeira na praia. Dayana e seu dois filhos num festa de família, no que acredito ser o batismo de sua irmã, uma vez que Anna estava vestida de branco, feito uma noiva. Umas dele no jogo de basquetebol, outras, tocando piano.
Há uma coleção de vinis de seus artistas favoritos numa estante, reconheço CNCO, Adele, T. Sivan, Lorde, e Freddy Mercury.
Diversas figurinhas, quadradinhos e legos de super-heróis da Marvel.
Nada tão incrível como às taças e medalhas que pego quando me centralizo no quarto.— São todos trofeus no time da escola; de Basquetebol. Ele surge atras de mim apos fechar a porta do quarto.
— Você é uma estrela. Digo admirado.
— Antes fosse. Ele se achega tão perto que sinto seu cheiro a pessego e uma mistura forte de odor masculino.
— Se eu fosse um jogador nacional eu já teria o dobro disto tudo. Ele pega numa de suas medalhas de prata.
— Uma altura isso logo acontecera. Digo pra ele pousando minha mochila.
— Talvez sim.
— Apenas acredita, você pode. Afirmo.
— Sim. Ele vira o rosto. — Começamos?
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Se Eu Fosse Você
RomanceJonathan é um adolescente não assumidamente Queer, que vive na cidade de Jonesborgo, que vê sua vida virar de cabeça pra baixo apôs se apaixonar por seu colega do ensino médio, Raphael, que aparentemente é heterossexual e isso afeta bastante a relaç...