Repouso meu corpo magricela na cama de meu quarto, ao som de James Arthur, e estou lagrimando pela milésima vez, meus lenços estão umedecidos e meu travesseiro bastante encharcado, mesmo dizendo para mim mesmo que não voltaria a chorar novamente no dia de hoje, eu choro e continuo pensando que estou perdendo as rédias do rumo da minha vida. Mas isso tudo ainda é maior que as minhas forças emocionais, é que, agora estou mais fragilizado, vulnerável e mais solitário. Parece que estou realmente visivelmente abalado, pôs, assim que Yago entra em meu quarto, ele vê logo o meu rosto e se põe em tensão.
— O que esta acontecendo? Ele questiona ao se aproximar na cama.
— Não foi nada, deixa quieto. Falo defensivo. -- Eu estou meio cansado.
—Mas você esta chorando! E eu vejo que algo esta fora de harmonia algures, me deixa de ajudar. Ele diz feito um psicólogo em terapia com um paciente.
—Foi só um cisco, mas já estou bem. Falo e desligo a música.
—Você está mesmo péssimo, irmão. — Acredito que seja um problema do coração...
—Talvez seja além disso. Falo para ele. —É que nem tudo é sobre amar, lutar e vencer.
—Sempre que estou muito mal, eu procuro desabafar com alguém para aliviar minha mente.
Como se eu não o conhecesse bem.
— Isso é mentira! Você esqueceu que estou consigo desde sempre eque vivemos na mesma casa!? Yago tu és cara mais sigiloso que conheço e nunca fala sobre o que sente no fundo de seu peito.
— Ok, você não está errado, eu estou lutando com este habito ruim. — É que estou tentando fazer-te falar sobre sua dor comigo.
— Eu não sei de como contar e nem sei se quero de conta alguma coisa.
— Acredito que tu ainda não confias em mim e ainda é difícil falar sobre suas coisas para mim, eu fui ruim.
— Isso mesmo! Que bom que sabes. Me ajeito na beira da cama. E ele em pé, me olhando feito um bobalhão.
— Acho que precisas de uma prova que estou mesmo mudando.
— Você não deveria quer provar nada, as coisas boas certamente vão fluir de ti naturalmente, até lá deixa tudo como está.
— Não queres mesmo falar?
— Não. Falo mansamente mas minha expressão facial demostra aborrecimento.Mas eu tenho dificuldade em me abrir com ele, Yago ainda parece ligeiramente duvidoso em momentos, a verdade que a confiança é como um copo estilhaçado, quando ele se quebra não é possível reconstruir como antes. E neste momento ele não pode me ajudar e tenho medo, um medo profundo doloroso de ser enganado por quem eu confiei. Não quero ser magoado novamente por ninguém.
— Mas vejo que esta tudo meio complicado... aí dentro. Ele aponta em direção ao meu coração.
— E está... porém eu vou dar um jeito. Respiro fundo.
— É o Raphael? Ele pergunta se sentando na cama comigo.
— O que te faz pensar nisso? A mãe falou alguma coisa sobre isso? — O que tu sabes? Me agito.
— Se acalma, a mãe me contou algumas coisas e deduzi que já não estão mais juntos. Ele me encara pedindo uma confirmação.
— O que queres saber, está tudo muito claro! Estou perdendo todos que gosto e me sinto um pouco mais sozinho a cada instante que cá estou. Falo travando uma lágrima caindo.
— Eí, eu cá estou consigo... e ainda podes dar a volta por cima, porque vocês não conversam e se acertam?
— Antes fosse tão fácil, ele vai ir embora a qualquer dia e até onde sei ele não está disposto a correr risco por mim. Falo me levantando, pondo a mão ao rosto.
— Todos podemos mudar e lutar por quem amamos, se este sentimento que arde em seu peito for o mesmo que invade o coração ele certamente fará algo para estar aqui, perto de ti.
— O que quer que eu faça? — Eu não posso comandar o rumo da vida dele? é que agora, ele é o único que pode fazer algo por ele mesmo.
— Já imaginou se ele quer voltar? Yago analisa.
— Comigo? É que eu acho que seria mais provável ele esquecer tudo o que sentiu.
— Mande uma mensagem a ele. — Diga que espera por ele, e que não se importa mais com o tempo e complicações que possam vir.
— O que? eu já o falei coisas iguais, eu o pedi que lutasse por nós.
— Diga novamente, mande agora, as situações mudaram e as reações também podem vir a mudar. Yago pensa calmamente. — Toma, envia alguma coisa. Ele pega em meu telefone.
— Eu não tenho coragem, seria ele a tomar essa iniciativa, não? Penso ao meio de emoções fortes.
— Os dois estão aptos para lutar pelo que acreditam. — Olha, eu vou ir pegar um chocolate quente para ti, na cozinha, e espero que envias mesmo a mensagem quando eu voltar.
— Eu vou pensar... Yago, obrigado, estou um pouco melhor agora.
— Eu disse, conversa alivia e descarrega as energias ruins. Ele sorri e se vai embora.

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Se Eu Fosse Você
Roman d'amourJonathan é um adolescente não assumidamente Queer, que vive na cidade de Jonesborgo, que vê sua vida virar de cabeça pra baixo apôs se apaixonar por seu colega do ensino médio, Raphael, que aparentemente é heterossexual e isso afeta bastante a relaç...