Na terça-feira quando acordo, a primeira ação que faço é ir ver como está Yago mas sem êxito pôs a porta do quarto dele está fechada e mesmo batendo não oiço ele responder.
Provavelmente deve ter se levantado cedo e saindo para fazer qualquer coisa.
Estou morrendo de fome e estou 1 hora do horário de entrada da escola e imaginado tomar meu café da manhã e pegar o ónibus que certamente me levará cerca de 2 horas se eu não me apressar quando for me vestir.
Desço a escada e não há sinais de pessoas em casa, o café da manhã está preparado e minha mãe não está no seu compartimento favorito quando entro na cozinha faminto.
Deduzo que deve ter indo à padaria pegar os pães quentinhos da manhã.
Ela deixou torradas e galão preparados e tudo tem um cheiro delicioso, e um sabor bom enquanto correndo contra o tempo.
Lanna começa a ladrar assim que veja a minha mãe entrar, exausta e suada.
Vendo-a com seu fato olímpico laranja de educação física já tenho a confirmação que saiu do ginásio.— Bom dia mãe! Digo assim que a vejo entrar na cozinha.
— Oi Jonathan. Ela responde fria e olha à volta. — Que cansaço! Suspira fundo.
— Saindo do ginásio?
— Parece que sim. Abre o frigorífico e tira um jarro de água fresca.
— Mãe... — As torradas estão deliciosas.
— São às mesmas. — Obrigada. Ela toma um copo de água.
Estou meio sem jeito quando ela se senta e me olha fixamente.
Não sei se está pensando exatamente o que e isso me apavora. Desde que eu contei que sou gay ela mal tocou neste assunto.
Não me puniu, ralhou, ou questionou tudo que eu tenho escondido dela.
A forma que reagiu a revelação de Yago foi muito brutal já que eu esperava essa reação dela pra comigo. Pelo fato de que Yago já havia lhe surpreendido muito, aprontado imensamente e de certa forma não era tão graciosamente estranho ver Yago fumar.
Está bem; a maconha é o auge de tudo que ele já fez mas ainda assim, não entendo a atitude dela, fingindo não compreender à minha posição.
Talvez eu devesse dar a iniciativa pra falar sobre minha sexualidade já que tenho mais a me desculpar do que qualquer coisa.
Não me desculpar por ser quem sou.
Mas por te a escondido tudo que descobri de mim mesmo 6 anos atrás.— Mãe! Ganho coragem.
— O que foi Jonathan? Ela pergunta fria sentada na cadeira perto da geladeira.
— Me desculpe por todos os transtornos.
— Acho que já estou habituado.
— Não estou falando do Yago. — E sobre mim que me refiro. Termino de comer.
— Entendi. — Mantém o Rosto pra baixo.
— Porquê não me olha? Tremo.
— Estou olhando. Ela me concentra.
— Não desta forma. — Porquê não me vê?
Minha alma, minha sexualidade.
Porquê ela evita tocar neste assunto, mesmo depois de tudo que admiti anteriormente.
— O que quer que eu diga? — Que estou fazendo o que pediu. Ela baixa o rosto e sei que entendeu a intenção da minha questão.
— Porquê precisa me obrigar a falar?
— Jonathan. — É sobre você, questione.
Ela só quer ouvir o óbvio de minha boca.
— Porquê não me vê como gay? Disparo sem longos rodeios.
— Estava vendo que não chegávamos nesta conversa. — Mas é o momento errado pra falarmos sobre isto.
"Isto"? Minha sexualidade é definida assim?
— Porque mãe? — Puniu Yago. — Mas não quer falar comigo, me ouvir, me notar.
— Estou cansada. — O treino foi muito esforçado. — E você tem que ir à Escola.
— Eu não vou. Decido. — Não consigo mas evitar essa conversa.
— Jonathan... Ela se contrai no banco.
— Porquê mãe? Falo alto meio alterado.Eu prefiro que ela me destrate com frases ou me pune mesmo achando ruim, do que simplesmente dissimular que sou o que ela esperou por 9 meses de gravidez.
— Porquê? — Fale alguma coisa por favor.
— Por que eu não quero te perder! Ela diz gritando em pé.
— Mãe? — O que há? Me pego confuso.
— Você não entende. — Não odeio você por ser gay. — Sempre amei você assim.
Ela sempre soube. "Todas as mães sempre sabem".
— Então? Gaguejo trêmulo.
— Sim. — Eu já sabia à anos. — Sou a sua mãe Jonathan. Ela se achega à mim.
Me aproximo dela sem palavras.
Realmente preciso de um banho gelado pra cair na real depois desses 21 segundos.
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Se Eu Fosse Você
RomantikJonathan é um adolescente não assumidamente Queer, que vive na cidade de Jonesborgo, que vê sua vida virar de cabeça pra baixo apôs se apaixonar por seu colega do ensino médio, Raphael, que aparentemente é heterossexual e isso afeta bastante a relaç...