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- Você ficou maluco?! Nem pensar! A gente não sabe com quem está lidando!Michonne ficara visivelmente perturbada com a decisão de Daryl, depois que ele e Rick contaram para o grupo

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- Você ficou maluco?! Nem pensar! A gente não sabe com quem está lidando!
Michonne ficara visivelmente perturbada com a decisão de Daryl, depois que ele e Rick contaram para o grupo.
Daryl deu de ombros. - Eu posso entrar lá, dou um jeito. Além disso, minha arma é silenciosa e eu sei me virar.
- Porque não levamos um grupo? - Perguntou Michonne.
Daryl revirou os olhos. - Pfff. Mais vale tocar os tambores anunciando nossa presença. Eu sei caçar, animal ou humanos é a mesma coisa, mas não posso fazer nada com um bando de barulhentos á minha volta.
Rick olhou ele e depois de novo para a mesa na sua frente. Passou a mão pelo rosto, sentindo que suas forças sumiam de hora para hora. Ainda para mais, como se não bastasse seu filho ter sido levado, ele ainda tinha de admitir que seu melhor amigo estava certo, e ver ele ir andando até o que parecia ser a morte certa.
- Tem certeza? Porque depois que entrar, duvido ter volta. - Falou, por fim, olhando o caipira.
Daryl assentiu, sempre muito dono de si.
- O quê?! - Michonne bateu com a mão na mesa, olhando Rick. - Vai deixar ele ir? Vai apoiar essa ideia absurda? É o Daryl!
Rick a olhou. - É exatamente por isso que eu vou apoiar. Eu não iria querer nunca, ninguém procurando meus filhos, ou quem quer que seja dessa família, exceto o Daryl! Quantas vezes ele falhou protegendo alguém? A Beth? Nem foi culpa dele! - Rick levantou da cadeira, olhando ela. - Ele cuidou da Judith quando eu não consegui, ele nos manteve unidos!
Michonne assentiu, derrotada.
Rick se aproximou de Daryl e olhou ele, desesperado.
- Se não voltar dentro de três dias, iremos atrás de você.
Daryl assentiu.

Carl:

No dia seguinte...

A porta da cela abriu e ele viu Lexie de pé, rodeada por dois homens, sorrindo para ele.
- Oi pequeno Grimes. Como se sente hoje?
Carl estreitou os olhos. - Melhor se me deixasse ir para casa.
Lexie assentiu. - Levanta daí, vamos dar uma volta.
Aquilo pegou ele de surpresa e Carl não sabia se deveria levantar ou permanecer quieto.
- Grimes, levanta! - Disse ela.
Automaticamente, Carl levantou, como se seu corpo reagisse sozinho á voz daquela estranha.
Ela fez sinal para que ele a seguisse e  um dos homens esperou para seguir eles, atrás, segurando uma arma.
Carl olhou em volta, vendo aqueles enormes corredores e portas por onde ela guiava ele.
Pararam em frente a uma porta e Lexie virou, ficando de frente para ele e olhando nos seus olhos. Carl ficou pensando novamente, como alguém daquele tamanho mandava naquele lugar.
- Para que conste, eu não ataquei seu povo. Seus amiguinhos atacaram meus homens, meu grupo patrulha daquele dia. - Ela falou, calmamente. - Nós nunca atacamos se ninguém nos atacar. Não gostamos de encontrar com outras comunidades, todo mundo é meio... - Ela girou a mão junto da cabeça. - Então, eu preciso que você esteja aqui por isso. Porque se seu pai começar uma guerra, eu irei matar todo mundo daquele lugar. Você só serve para impedir uma carnificina. Nada mais.
Carl franziu o cenho. - Ele irá matar todos vocês.
Lexie sorriu. - Não sou a vilã, pequeno Grimes.
Ela deu as costas e abriu as pesadas portas, entrando nuna espécie de varandim onde tinha uma cadeira enorme, semelhante a um trono, negro.
Em toda a volta, tinha o mesmo varandim e no fundo, tinha o que parecia ser uma arena, com o chão vermelho.
- Aqui é a Arena, onde colocamos nossos, digamos, criminosos para lutarem. - Lexie se encostou no ombro de Carl, baixando a voz. - Apenas um pode sair vivo, mas não livre.
Carl olhou para baixo de novo e escutou a voz dela no seu ouvido.
- Sim, aquilo é sangue. Como pode ver, punimos os que não cumprem as regras, não somos animais.
Tocou no seu ombro e fez sinal para que seguisse ela de novo.
Andaram pelos corredores, parando em diversos pontos. Carl viu uma plantação enorme, maior que a de Hilltop. Aquele lugar tinha uma sala de refeições, como em uma prisão e alguémque preparava as refeições, tinha salas onde as pessoas podiam socializar, gabinete médico, tinham dormitórios, banheiros, espaços abertos na rua, protegidos pelos muros.
Depois Lexie mostrou a Carl as pessoas: homens, mulheres, crianças, idosos, além dos guerreiros. Os criminosos ficavam nas celas, separados dos restantes. Tinham vigias, e os guerreiros andavam armados. Até tinha uma sala de treino para eles.
No final, na rua, de frente para a porta de entrada no edifício grande, Lexie olhou ele.
- Viu tudo isso? Estou protegendo minha gente, por isso não quero uma guerra e nem outras comunidades, mas se alguma coisa ou alguém colocar em risco a proteção dessas pessoas... - Ela fez um jeito com a cabeça. - Eu acabo com a raça de todo mundo. E vou acabar com seu grupo, se seu pai não parar.
Carl olhava ela. - Meus amigos atacaram seus amigos?
Lexie assentiu, devagar. - Apenas porque trombaram neles.
Carl sorriu discretamente, parecia realmente, coisa de Sasha e Abraham.
- E se eu falar com o meu pai? Você esquece essa guerra?
- Se ninguém chegar perto da minha comunidade... Posso pensar no seu caso. - Sorriu. - Gosto de você, tem espírito de líder.
Lexie levou Carl de novo até á cela e esperou que ele entrasse. O homem alto, de negro, com cabelos negros e barba por fazer, que estava sempre junto de Lexie, se colocou do lado dela, olhando Carl de forma séria.
- Não pode me manter aqui para sempre. - Disse o garoto.
Lexie sorriu. - Veremos.
De repente, um homem apareceu correndo pelo corredor, parando junto deles e a mulher o olhou, de cenho franzido.
- Rainha, temos um problema.
Ela inclinou a cabeça para o lado. - Que problema?
O homem olhou Carl e depois para ela.
- Um intruso. Um arqueiro.
O coração de Carl parou ao escutar aquelas palavras. Era Daryl. Eles tinham o Daryl.
Lexie olhou ele, sem sorrir, e ele podia jurar que vira chamas no seu olhar.
- Minha paciencia está terminando.
Ela mandou fechar a porta, mas Carl bateu na mesma, gritando para abrirem a porta e para não machucarem o caipira. Não adiantou, ninguém respondeu.
O menino sentou no chão, tentando achar um jeito de sair dali e ajudar Daryl, mas não chegando a plano nenhum. Porque raios Daryl estava ali?

Red Queen - A Rainha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora