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Atualidade:

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Atualidade:

Lexie:

Fiquei vendo Daryl erguer a besta e acertar bem no meio da cabeça do esquilo, matando o pobre animal.

Ele foi até lá, retirou a flecha e pegou o animal, voltando para perto de mim.

Dog corria para um lado e para o outro, perto de nós, e correu até Daryl, colocando as patas na cintura dele e o caipira deixou ele levar o animal morto.

Quando ele parou, na minha frente, aquele olhar azul encontrou o meu.

- Porque você me deixou vir na floresta? - Perguntou. - Eu podia atacar você e fugir. Tem a besta, a moto...

Assenti. - É, podia, mas se fosse esse o seu objetivo, já teria feito.

- Está muito segura disso.

Sorri. - Conheço você, Dixon. Mas você é livre de ir.

Ele negou com a cabeça e indicou a direção da comunidade. - Se eu fosse, era capaz de você mandar aquele idiota atrás de mim.

- Dário é legal.

- Tá, sei. - Daryl colocou outra flecha na besta. - Você deveria me tratar como um verdadeiro prisioneiro.

Dei de ombros. - Não posso. Estou cumprindo minha parte, lembra?

Daryl não teve tempo de responder, pois Dog ficou demasiado quieto e de repente, vimos um dos meus guerreiros aparecer correndo na nossa direção e parar bem na nossa frente.

- Rainha, acho que temos problemas.

Franzi o cenho.

Eu estava dentro da sala, com Dário, Daryl, Cloe e o guerreiro que estava na floresta, escutando o que ele falava.

- E você acha que isso é obra de alguém? - Perguntei.

Ele assentiu.

- Tá, mas quem iria ficar rondando Arcadia? - Perguntou Dário. - Quem iria atrair zumbis?

Sorri, ergui uma sobrancelha e olhei Daryl, sentado do meu lado direito, no canto da sala. Depois olhei de novo para Dário e vi ele franzindo o cenho.

- Quê? Os amiguinhos desse daí?

Assenti. - Pode ser. Eu prendi o filho do Rick e agora tenho um dos seus melhores homens. - Dei de ombros. - Podem ser os Alexandrinos. Eu sei que ele quer derrotar a nossa comunidade.

- E se formos dar uma olhada? - Disse Cloe. - Um grupo pode fazer um ronda pela floresta, ver se acha alguma coisa ou alguém.

Olhei ela e depois olhei Dário, voltando meu olhar para a mulher.

- E se algo der errado?

- E se não der? Lexie, algo está rondando Arcadia, algo está tentando nos quebrar e eu acho que você sabe muito bem o que tem de ser feito.

Estreitei os olhos e encarei ela.

- Sei, sim, não preciso que me digam o que fazer. Só não posso condenar meu povo á morte.

Cloe me olhou. - Estará condenando se nada for feito.

Dário deu um passo em frente e me olhou.

- Eu vou.

Franzi o cenho. - O quê?

- Eu vou. Irei sozinho, assim consigo ser mais rápido e mais silencioso.

Levantei da cadeira, olhando ele, sem querer acreditar no que ele estava falando.

- Ficou maluco?! E se você morrer?

Ele sorriu. - Não acho que isso vá acontecer.

- Pfff, virou um Deus agora? - Perguntei.

- Lex...

- Não! Ninguém vai sozinho! Não sabemos o que é, quem é ou quantos são!

Daryl se mexeu, na cadeira e eu olhei ele.

- Eu posso ir com ele, se eu morrer não terá problema. - Deu de ombros. - Sou um prisioneiro, certo?

- Você não vai. Ponto final.

Queria gritar. A ideia de perder Dário era terrível, mas a a ideia de perder Daryl era agonizante.

- Eu posso ir sozinho, Lex. - Dário se aproximou de mim. - Eu dou conta. E  além disso, aqueles babacas dos Alexandrinos não vão me pegar, você sabe.

Suspirei e olhei todo mundo naquela sala.

- Saiam! Todos vocês.

Todos eles, até mesmo Daryl, saíram da sala e, assim que a porta se fechou, eu abracei Dário, com força e apertando ele nos meus braços.

- Eu não posso perder você. - Falei junto do seu ombro.

- Não vai perder. - Ele me afastou, segurando meus ombros e me olhando, sorrindo. - Quantas vezes já fizemos isso?

Revirei os olhos. - Dário...

- Fico bem, Lex, você sabe. - Ele beijou a minha cabeça.

Dário me sorriu e fiquei vendo ele sair da sala, fechando a porta.

Sentei na cadeira, com um sentimento horrível tomando conta de mim. Eu não  podia deixar ele sair sozinho.

Saí da sala e fui até um dos meus homens, puxando ele para longe dos outros.

Ele me olhou, confuso.

- Segue o Dário. Mata tudo o que tentar chegar perto dele. - Ordenei.

Dário:

Enquanto andava até á sala de armamento, Dário passou pelo prisioneiro e agarrou ele pelo braço, arrastando até uma sala e fechando a porta.

Daryl o olhava de forma bruta e desconfiado.

- Posso te pedir uma coisa? - Perguntou ele. - É importante.

- E porque merda eu deveria escutar sequer?

Dário sorriu. - Porque eu sei que você até que gosta da Lex. Acertei?

Daryl estreitou os olhos, em silêncio.

- É, eu sei que tem algo aí. Mas eu preciso de um favor seu.

- Só se for para abrir a sua cabeça.

- Nem sei como a Lexie te protege. Enfim. Odeio fazer isso, tá? Fique sabendo que por mim, não faria, mas você é minha única chance de sair desse lugar de mente tranquila.

Daryl franziu o cenho. - Bateu com a cabeça?

- Aconteça o que acontecer, você protege a Lexie.

- O que vo....

- Protege a Lexie! - Falou Dário, encarando Daryl. - Eu sei que você se importa e... Ela também, apesar de ser uma ideia... Bom, preciso que protega ela. Se algo acontecer, Lexie será o alvo. Ela não pode morrer! Lexie é forte, mas age por instinto e muitas das vezes atira primeiro e pergunta quem é depois. - Sorriu.

Daryl assentiu, parecendo saber, e era isso uma das coisas que Dário não entendia. Mas não podia pensar nisso naquele momento.

- Promete. - Pediu.

Daryl o olhou.

- Mesmo que a ameaça sejam o seus amiguinhos, promete que vai proteger ela. - Insistiu.

Daryl ficou calado, mas depois assentiu e Dário respirou de alívio.

- Não gosto de você, mas obrigado. Fico te devendo essa.

- Vai á merda. - Respondeu o caipira.

Dário riu e deixou ele ir, andando até á sala e se preparando para sair da comunidade. Só esperava que Daryl cumprisse a sua promessa.

Red Queen - A Rainha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora