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- Mas como vamos achar eles? Podem estar em qualquer lugar

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- Mas como vamos achar eles? Podem estar em qualquer lugar.
Olhei Yumiko, ela tinha razão e eu não sabia até que ponto aquilo não era uma armadilha.
- Bom... Precisamos recriar os passos deles e... temos dois ótimos rastreadores. - Disse Dário.
Troquei um olhar com Daryl e assenti.
- Então vamos, mas Arcadia não pode ficar desprotegida. - Falei.
- Eu fico. - Disse Dário. - Trato de tudo e ninguém passa por esses muros.
- Nós ficaremos também. - Magna indicou o grupo.
Assenti. - Tá, irei levar alguns guerreiros e os restantes ficam. Levo também o Beta e o Daryl.
- Eu quero ir.
Olhei Lydia. - Não, você fica.
- Mas...
- Lydia. - Falei.
Ela revirou os olhos. - Tá, eu fico.
Assenti.
- E eu? Fico? -Negan me olhou.
- Não, você vem comigo.
Ele me sorriu.
Todo mundo se preparou para sair, depois de eu escolher os guerreiros que iria levar, e Dário se aproximou.
- Será boa ideia: Daryl, Beta e Negan, tudo no mesmo grupo?
Olhei ele, sorrindo. - Terá de ser, já que não posso levar você.
Ele me abraçou e depois olheinos seus olhos.
- Protege a Lydia por mim, por favor.
- Nem precisava pedir, você sabe.
Assenti. - Se algo acontecer, Arcadia é sua.
Dário franziu o cenho. - Mas...
- É sua e ponto final. Já tomou conta de tudo uma vez, pode fazer de novo.
- Lex, é pouco provável que seja uma armadilha. Eles trouxeram imensos homens e nenhuma comunidade tem assim tantos, que dê para levar numa batalha e deixar protegendo a casa.
Ergui uma sobrancelha e ele revirou os olhos.
- Tá, nós temos, mas estamos falando deles.
- Se cuida, D.
Me afastei, indo em direção do grupo. Negan falava com Daryl enquanto Beta se mantinha afastado.
Parei junto deste.
- A amizade acabou?
Ele me sorriu. - Só durou enquanto não pude te proteger.
Franzi o cenho. - Preciso de proteção?
- Cala a boca. - Beta beijou o topo da minha cabeça. - Está tudo pronto. Vamos?
Assenti e fiz sinal a Negan e Daryl.
Respirei fundo, saindo pelos portões. Era como: lutar, respirar, repetir.

Depois de horas andando, com Daryl seguindo na frente e Beta atrás, Negan, do meu lado com aquele taco no ombro, sorriu pela milionésima vez.
Revirei os olhos. - Fala logo o que tiver pra falar.
- Nada, só estava achando bem divertido vir junto com você e esses dois. É como ver dois gatos bravos, prontos para lutar a qualquer momento, pela gata.
- Negan, você escuta o que você diz?
Ele riu. - Raramente.
- Ah, que bom. Sinceridade acima de tudo, né? Só espero que não tenho ensinado nada disso para a Lydia.
Ele sorriu. - Aquela lá não precisa. Tem a sua força e o temperamento do Daryl.
Suspirei, porque eu mandara ele falar?
Depois Daryl parou e me olhou. Franzi o cenho e me aproximei, vendo o que ele indicava.
- Estamos perto. - Ele me olhou por cima do ombro.
Assenti e olhei em volta. Porque diabo alguém iria querer levar crianças e pessoas que não lutavam?
Mais na frente, parámos de andar, vendo um velho hospital, com dois guardas na porta.
- É ali? - Perguntei.
- Os rastros indicam aquela direção. - Falou Daryl.
Olhei o edifício, não parecia que eles tivessem vigias ou qualquer outro tipo de coisa no topo, e só via aqueles guardas.
Olhei Beta e mandei ele rodear o edifício com os restantes homens.
- Vou entrar. - Falei.
Daryl me olhou.  - Nem pensar!
- Tá, como se você me desse ordens. - Sorri e depois olheo Negan. - Vai na frente e distrai eles? Daryl e Beta te dão cobertura.
Negan assentiu, sorrindo. - De volta aos velhos tempos.
Sorri. - Tá, abre a cabeça deles se precisar. Só não inventa de morrer, porque se não a Lydia me mata.
Daryl se colocou do meu lado.
- Eu entro com você.
- Tá bom.
Fiquei vendo Negan balançar daquele jeito irritante, enquanto falava com os homens e indiquei a Beta que iria entrar. Ao contrário de Daryl, ele assentiu.
Depois lembrei que talvez ele não tivesse sido tão liberal se soubesse que eu não trouxera a armadura...
Contornei o edifício até chegar numa porta das traseiras e empurrei devagar, verificando se estava aberta. Daryl ergueu a besta, pronto para qualquer ameaça. Mas a porta abriu e nenhum zumbi ou pessoa saiu nos atacando.
Entrámos e fiquei olhando para os dois lados, sem saber por onde seguir.
Escutamos passos e, automaticamente, puxei Daryl para uma das portas, abrindo e empurrando ele.
Era uma sala bastante pequena, cheia de estantes e eu tinha de ficar de frente para ele, literalmente colados.
Senti minha filha chutar e depois escutei a voz de Daryl muito perto de mim. Mais perto do que o desejável.
- Você não mencionou que ela já chutava.
Olhei ele. - Você sentiu?
Ele deu de ombros, mas depois sua expressão mudou. - Espera! Se eu senti... Lexie, cadê sua armadura?
- É... ficou em Arcadia.
- Beta sabe disso?
- Não, e você não vai falar nada.
- Como não?! É uma bebê! Algo pode dar errado!
- Tá, agora cala a boca.
Escutamos os passos no corredor, contei dois pares de pés, ou seja, duas pessoas.
- ... É, mas quero que fique de olho neles, ela não deixaria eles para trás. Além disso, Lexie é esperta. - Suspiro e depois pararam de andar. - Eles já deveriam ter chegado. Se a Lexie chega aqui primeiro, estamos perdidos.
- Por falta de pessoal?
- É, e por ela ter um idiota que sabe controlar os mortos. Se ele chega com uma horda, já era. Mas agora vai, eu vou dar uma olhada.
Olhei Daryl, depois que tudo ficou em silêncio.
- Cloe. - Falei. - Encontra eles!
Abri a porta e saí, seguindo na direção onde escutara a voz de Cloe seguir.
- Lex! Merda!
Nem liguei para o Daryl, tirei a katana da bolsa e fui andando pelo corredor.
Mais na frente, passei por uma sala que tinha a porta aberta, e depois voltei para trás. Cloe estava lá dentro, de costas para mim.
Entrei e tranquei a porta e logo ela me olhou, ficando de frente.
- Oi, Cloe.
Ela franziu o cenho. - Se... como... Se você está aqui, cadê os outros?
Dei de ombros. - O idiota do Beta trouxe uma horda para ajudar, lá em Arcadia.
Cloe assentiu. - Droga.
Ergui a katana e dobrei um pouco o joelho que colocara mais na frente.
- Exatamente.

Red Queen - A Rainha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora