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Levantei da cadeira e puxei Dário pelo braço, até chegarmos junto da janela

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Levantei da cadeira e puxei Dário pelo braço, até chegarmos junto da janela.
- Ninguém sabe, por isso não fala nada! Não até eu falar com o Beta!
Dário ergueu as mãos e depois deixou cair de novo. - Tudo bem, mas... - Negou com a cabeça. - Sério? Você está esperando um mini demônio? Como você foi fazer isso?
Revirei os olhos. - Quer uma descrição?
- Não! Credo. - Depois ele sorriu. - Agora sem brincadeira, fico feliz por você. Além disso, você parece feliz com o Beta, então... - Deu de ombros. - Espera. E o Daryl?
Suspirei e mexei no cabelo. - Eu não sei.
- Sabe que ele vai ficar furioso quando souber, né?
Olhei ele. - Nem me fala.
Dário me abraçou. - Estarei aqui, sempre que precisar. - Se afastou, me segurando pelos ombros e riu. - Desculpa, não consigo parar de imaginar você, esperando um mini Beta.
Sacudi as mãos dele e bati no seu ombro. Rindo, Dário colocou o braço em cima dos meus ombros e saímos juntos da enfermaria.

Nessa noite, entrei na enfermaria, pegando Beta terminando sua refeição e ele me olhou, sorrindo.
- Fala para o Doc que eu estou bem. Quero sair dessa enfermaria.
Sentei junto dele e sorri. - Não. Por enquanto você fica aqui. Só se sente melhor por causa dos remédios.
Ele suspirou, mas fez careta com o movimento que o seu peito fez.
- Viu? - Perguntei.
Ele abriu um olho. - Cala a boca.
Respirei fundo, enquanto ele fechava o olho de novo.
- Beta, tem uma coisa que eu preciso falar.
- Hum. Fala, estou escutando.
- É... Não sei como dizer.
Beta abriu os olhos e me olhou, esperando.
Ergui o olhar. - É...
Ele franziu o cenho. - É o Daryl, certo? Você foi lá e isso mexeu com você.
- O quê? Não.
- Lexie, eu sei que ainda sente alguma coisa por ele. Não sou idiota.
Franzi o cenho. - Por você é mais forte, pára com isso. Eu não... Não é o Daryl.
- Então? Raramente vi você com medo de falar.
Respirei fundo e olhei ele, bem naqueles olhos azuis.
- Beta, eu estou grávida.
Ele ficou me olhando, muito quieto, como se fosse feito de pedra. Depois vi seu olhar mudar, e depois sua expressão ficou confusa, mudando de novo e Beta abriu a boca, fechando de novo. Depois franziu o cenho.
- Grávida?
Assenti e depois revirei os olhos. - É seu.
Seus olhos abriram demasiado e ele tentou se mexer, mas sentiu dor e permaneceu no lugar.
- Espera! É... isso é sério? Eu... Você está carregando um filho? Meu? Eu vou ser... pai?
Assenti, mordendo o lábio e vi Beta tapar o rosto com aquelas mãos enormes.
Senti um arrepio percorrer meu corpo.
- Beta?
Ele abaixou as mãos e só aí percebi que ele estava rindo. Ele me olhou de novo.
- Isso é tão fantástico! Você tem noção de quantas vezes eu quis isso? Você tem noção do que eu estou sentindo por ser com você?!
Olhei para o lado e depois de novo para ele. Eu não estava esperando aquela reação.
- Hã... eu...
Ele agarrou na minha mão. - Se não fosse essa merda dessa dor, eu levantava daqui e te abraçava bem forte. - Depois ele colocou a mão na cabeça. - Eu, eu vou ser pai. Que loucura!
Sorri, mas depois comecei a rir de forma descontrolada, sem conseguir parar.
Beta me olhou. - É para rir mesmo.
- Desculpa. - Ergui a mão. - Estava nervosa, eu não esperava essa reação.
Beta franziu o cenho e pegou na minha mão de novo.
- O... Você esperava que eu odiasse a ideia?
Parei de rir. - É, por aí.
Ele colocou meu cabelo atrás da minha orelha. - Eu amo você e saber que você está esperando um filho meu, só me faz amar você ainda mais.
Sorri e me aproximei dele, devagar, e colei minha boca na sua.
Eu podia, finalmente, ser feliz.

Daryl:

Dog estava sentado junto de si, encostado na sua perna, enquanto Daryl fazia carinho nele.
Escutou passos e viu Lydia se aproximando. Sorriu e ela sentou do seu lado.
- E aí? Vai voltar em Arcadia? - Perguntou.
Lydia deu de ombros. - Se a Lexie aceitar a proposta que Rick vai fazer, você vai, certo?
Daryl assentiu e Lydia assentiu também.
- Então, nesse caso, irei com você.
Daryl mordeu o lábio e olhou o cachorro. A única coisa que sobrara de Lexie. Tirando Lydia, claro.
- Você se importa com ele.
Lydia o olhou. - É. Beta me protegeu a vida toda. Pelo menos desde o começo do apocalipse.
Ele assentiu. - É.. Acho que devo ter isso em mente da próxima vez.
Lydia riu. - Chega de tentarem se matar. - Ela tocou no seu braço. - Eu adoraria ver você com a minha mãe, mas ela está com o Beta. Eu sei que deve ser difícil mas... Então, pelo menos, você poderia tentar, né? Não quero perder você.
Daryl respirou fundo e colocou um braço por cima dos ombros dela, puxando para si. Lydia rodeou a sua cintura com os braços.
- Nunca irá me perder. Eu só não sabia que você existia.
Ela sorriu. - Tá, vou confiar.
Daryl beijou o topo da sua cabeça.
- Só não inventa de me dar uma nova mãe e nem um irmão. - Disse ela.
- Não se preocupa.
Daryl olhou em frente. Ele não queria ninguém além da Lexie, e se não podia tê-la, então não teria ninguém.
- Pai?
- Hum?
Lydia se mexeu. - Você já pensou nisso? Tipo, minha mãe está com o Beta, ela pode acabar... enfim, engravidando.
Daryl se mexeu, desconfortável. Ele já pensara sobre isso, sabia perfeitamente o que ela deveria fazer com aquele babaca do Beta, mas a ideia se mantinha horrível. Era como se seu coração sangrasse só de imaginar isso acontecendo.
Ele respirou fundo. - Sua mãe é livre de fazer o que quiser.
- Então... Você não se importaria? Duvido.
Daryl olhou Lydia. - Não é isso, mas o que eu poderia fazer? Ela está com ele.
- Eu não sei o que faria. - Respondeu.
Daryl afastou ela e olhou nos seus olhos.
- Lydia, o que está acontecendo?
- Nada! Foi só uma ideia. Tipo, lembrei disso quando vi ela hoje e quando ela mencionou o Beta.
- Hum. Lexie falou alguma coisa com você?
- O quê? Não, só o mesmo que contou a você.
- Hum.

Red Queen - A Rainha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora