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Estávamos do lado de fora dos muros, em posição, esperando

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Estávamos do lado de fora dos muros, em posição, esperando.
- Estão chegando! - Disse Dário.
Comecei a ver pessoas aparecendo e parando, um pouco afastadas de nós. Um deles se destacou, deveria ser o lider, e retirou a máscara.
Franzi o cenho.
- Oi, Rainha. Vejo que ainda está viva, mas devo dizer que esperava uma receção muito maior. - Ele sorriu. - Cadê seus numerosos guerreiros?
Encarei ele. - Estão chegando.
- Ah é? E você achou que eu iria esperar, só para não matar seu grupinho aí?
Do lado de Dário, percebi Negan colocando Lucille no ombro, olhando o homem lá, sempre do lado de Lydia.
- É... talvez. - Falei.
- Lembra de mim, Lexie? Você atacou minha comunidade.
- Você tentou matar o Dário.
Seus olhos mudaram. - Você matou a minha mulher! - Gritou. - Eu quero sua cabeça, sim! Mas antes quero tirar de você o que você tirou de mim! Quero que sinta a mesma dor.
Dei de ombros. - Desculpa, não gosto de mulher.
Ele riu. - Sei que tem uma filha adolescente.
Senti Daryl ficar tenso do meu lado e rezei para que ele se mantivesse quieto.
- É para lutar? - Perguntei. - Tenho mais o que fazer.
Eles começaram a andar na nossa direção, era agora ou nunca.
- Arqueiros! - Gritei.
Os arqueiros, incluindo Yumiko, ergueram flechas em chamas.
- Agora! - Gritei de novo e as flechas voaram, atingindo seus alvos. - Aaron, mantém a formação!
Daryl pegou a besta e Dário segurou a arma.
- É nossa vez? - Disse ele.
- Espera.
Negan e Lydia seguravam suas respectivas armas e eu temi pela minha filha, mas ela era tão teimosa quanto o pai e queria estar ali. Negan prometera proteger ela.
- Vamos!
Comecámos a correr, claro que eu tinha de ir mais devagar, enquanto Aaron mantinha a primeira fileira de guerreiros bloqueando os ataques inimigos.
- Aaron! - Gritei.
Ele deixou que alguns passassem, matando outros e foi quando tudo começou.
Ergui a katana e comecei a espetar e a cortar tudo o que aparecia pela frente, afastando os ataques inimigos.
Um cara apareceu do nada, erguendo uma faca em direção da minha cabeça, mas Magna lançou uma das suas e matou ele, acenando uma vez com a cabeça. Imitei o gesto e continuei, mas vi a expressão dela mudar.
- Não! - Gritou.
- Lexie! - Daryl começou a correr.
Senti algo bater contra a minha barriga e olhei para baixo. Um cara tentara espetar uma faca em mim.
Olhei ele e sorri, erguendo a katana e espetando na sua barriga.
- Você está... grávida. - Disse ele perdendo as forças.
- É...
Daryl bateu com a besta na cabeça de outro homem, enquanto eu atacava.
- O que raio aconteceu? - Gritou.
Sorri, puxando a katana do peito de um dos homens.
- Uma armadura. - Olhei Daryl e sorri. - É á prova de bala!
Daryl mirou a besta e atirou. - Onde conseguiu isso?
- Num... - Espetei a cabeça de um homem. - Museu! - Cortei a barriga de outro. - Foi o Beta! Não se preocupa, testámos ela antes!  Quando eu estava grávida de você!
- O quê?!
Depois vi um cara na minha frente, parado. Era o líder e tinha um enorme espaço aberto entre nós.
Ele me sorriu e ergueu a arma e eu ergui a katana, mas logo duas coisas se colocaram na minha frente: Daryl e Negan.
O homem começou a correr, ao mesmo tempo que outro atacava Daryl.
- Se livra dele! - Disse Negan. - Eu trato desse aqui.
Daryl lutou com o outro, enquanto eu olhava o lider se aproximando, mas o grito de dor de Daryl me fez olhar para o lado.
Ele estava com bastante sangue no rosto, escorrendo da sua testa.
- Não, Daryl! - Gritei.
Ele negou com a cabeça e ergueu a besta, batendo com ela no cara.
Empurrei Negan. - Ajuda o Daryl! Eu me viro.
- Você vai perder, Rainha, de uma forma ou de outra. - O líder parou na minh frente, e de repente, quando ele mirou minha cabeça, algo se espetou na cabeça dele.
Seus olhos abriram demasiado, de espanto, e vi a ponta negra do bastão de Lydia saindo pelo cimo da sua cabeça. A garota puxou ele e o homem caiu.
- Lydia...
Ela sorriu. - Me agradece depois.
- Os muros! Todos para dentro! - Gritou Aaron. - Beta chegou!
Corri para Daryl.
- Vem!
- Está tudo vermelho! Não consigo ver nada!
- Droga! - Olhei para o lado. - Dário! Me ajuda aqui!
Dário pegou num lado e Negan no outro, e ajudaram Daryl a andar, enquanto eu pegava a besta e agarrava Lydia pelo braço, puxando.
Assim que entrámos na comunidade e os portões fecharam, gritei pelo Doc, que veio correndo.
Indiquei Daryl. - Ele é sua prioridade!
Doc assentiu e eu fui nos muros, subindo, ficando do lado de Luke e Magna, e olhando.
Os mortos faziam uma barulheira infernal mas estava dando certo, nossos inimigos foram pegos de surpresa.
- Como ele faz isso? - Sussurrou Luke, do meu lado. - E como você sabe se ele está bem, no meio daqueles mortos?
Sorri e procurei Beta, depois ergui o braço e indiquei, já que era seguro.
- Aquele é o Beta.
Luke arqueou as sobrancelhas. - Uau.
Beta, devagarinho, ergueu a mão, levando dois dedos na testa, no estilo militar. Passado um tempo, vi ele dar a volta e os zumbis começarem a seguir ele.
- Seu namorado é foda! - Disse Magna.
Sorri e depois desci dos muros, indo na enfermaria. Mas Lydia apareceu no meio do caminho e eu abracei ela.
- Nunca mais faz isso. Poderia ter morrido. - Falei, me afastando.
- Salvei você. - Sorriu.
- Obrigada, querida. Vou ver do Daryl, volto já.
Entrei na enfermaria e Daryl já estava limpo e sendo tratado.
- Aquele desgraçado acertou em cheio na minha testa.
Sorri e me aproximei, vendo Doc tratar ele.
- Já deve estar melhor, já está praguejando.
Doc riu e Daryl ficou me olhando.
- Obrigada, Daryl.
Vi Doc sair e me deixar sozinha com o caipira.
Ele assentiu. - Tinha uma promessa para cumprir.
Sorri e depois, sem pensar, abracei ele, apertando forte. Daryl sempre seria meu porto seguro.
Um tempo depois, enquanto eu retirava a armadura e vestia a roupa de volta, Beta entrou, olhando de mim para Daryl.
Revirei os olhos. - Estava tirando a armadura, ele está ferido. Nada para ver aqui.
Beta veio até mim e me abraçou, tocando depois na minha barriga.
- Você disse que nunca iria usar. - Sorriu.
- Foi necessário.
Depois, me surpreendendo, Beta foi até Daryl e ergueu a mão. Daryl apertou.
- Credo, você está péssimo.
Daryl soltou um som nasalado. - Estive lutando, pela sua comunidade.
Beta sorriu. - Obrigado, Daryl.
O caipira assentiu uma vez.
De repente, a porta abriu e Dário entrou, pálido.
Franzi o cenho, aquilo não era bom.
- Lexie, para onde Cloe levou todo mundo?
- Para o bunker, porquê?
Dário olhou Beta e Daryl, e depois para mim de novo.
- Está vazio e Cloe não regressou.
Olhei ele, sentindo um aperto no peito.

Red Queen - A Rainha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora