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- Lexie!Abri os olhos, querendo gritar com quem estava me acordando aquela hora da manhã, batendo com tanta insistência na minha porta

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- Lexie!
Abri os olhos, querendo gritar com quem estava me acordando aquela hora da manhã, batendo com tanta insistência na minha porta.
Esfreguei as mãos nos olhos.
- Fala!
- Rick está aqui! Ele quer falar com você.
Franzi o cenho. - O Rick?
Depois meus olhos abriram quando percebi o que realmente escutara. Rick. Daryl. Olhei para o lado, mas eu estava sozinha. Sentei na cama.
- Fala que vou já! - Gritei, pulando da cama.
Dário riu do lado de fora.
- Tá bom, Beta está empatando eles.
Parei de andar. - Beta? - Sussurrei. - Merda!
Corri, pegando minhas roupas e colocando elas o mais rápido que consegui.
Beta não gostava de Daryl, sabe Deus o que aquele gigante seria capaz de falar só para irritar o caipira. Droga! Eu dormira com ele. E o problema era que eu gostara! Beta era especial.
Quando finalmente saí do quarto, desci as escadas correndo e parei quando cheguei no fundo.
Do lado de fora da porta grande, Rick e Daryl estavam olhando Beta e Dário. Droga! Mas Rick falava normalmente e Daryl estava com aquele mesmo olhar de sempre, então, tudo deveria estar normal.
Saí pela porta e, automaticamente, o olhar de Daryl caiu sobre mim. Tentei manter minha expressão o mais normal possível enquanto me aproximava, parando do lado de Beta.
- Rick? O que veio fazer aqui? - Perguntei.
Grimes olhou Beta e depois para mim.
- Vim pedir sua ajuda.
- Ajuda? - Franzi o cenho.
- Demos abrigo a uma pessoa, uma mulher. - Falou ele. - O problema é que hoje, bem cedo, percebemos que as crianças sumiram. Todas elas. Menos R.J. porque estava dormindo com a Michonne.
Olhei Daryl e ele negou com a cabeça. - Lydia está bem. Foram só as crianças mais novas.
Olhei Rick. - E o que quer que eu faça?
- Você tem mais pessoal, eu preciso de ajuda para procurar eles.
Assenti, devagar e troquei um olhar com Dário.
- Vou reunir um grupo. - Falei, olhando o xerife. - Mas será melhor a gente se dividir.
Rick assentiu.
- Certo.
- Dário, vai liderar o grupo. - Falei, olhando meu amigo. - Eu irei com o Beta na direção oposta.
- Nós vamos junto. - Falou Rick, indicando Daryl.
Olhei o caipira e mordi minha língua. Assenti.
- Tudo bem.
Dei as costas e fui junto de alguns dos meus homens, explicando o que estava acontecendo e como iríamos ajudar Rick.
Senti uma mão no meu braço e olhei para o lado. Era Dário e trazia um certo divertimento no olhar.
Revirei os olhos. - O que foi?
Ele deu de ombros. - Nada, ué. Mas... porque o Beta saiu hoje cedo do seu  quarto? Antes mesmo do amanhacer?
Petrifiquei, olhando ele. - Quê?
Dário sorriu, se aproximando de mim.
- Trocou o caipira pelo gigante, foi?
Bati no seu peito e ele riu
- Cala a boca, idiota!
- E agora os dois estão aqui, e vão junto com você... Legal.
- Pára!
- Mandou bem, hein, Lex?
- Já falei que te odeio? - Perguntei rindo.
Me aproximei de Rick novamente.
- Estamos prontos.
Ele assentiu. - Obrigada, Lexie.
Sorri.

Anos antes...

- Onde estão meus homens?
O rapaz negou com a cabeça, desesperado, com o rosto ensanguentado.
- Eu não sei, não sei de nada. Olha, vocês pegaram o cara errado. Eu só... Eu só estava vigiando.
Lexie passou os dedos pela testa, fechando os olhos, perdendo a paciência. Abriu de novo e encarou.
- Está vendo aquele homem ali atrás?
O rapaz olhou na direção que ela indicava, vendo um homem enorme, parado igual estátua. Assentiu.
- Então, ele é o pior pesadelo que você possa imaginar. Agora, ou você me diz onde estão meus homens, ou eu mando ele te matar e vou destruir sua comunidade.
- Eu...
- E olha que ele vai se divertir bastante antes de acabar com você.
O rapaz começou a tremer, negando com a cabeça. - Eu não sei de nada, moça. Eles não me contam nada!
- Hum. - Lexie ergueu o queixo. - Tem criança lá?
- Não, só pessoal adulto.
Ela assentiu, fazendo biquinho.
- Melhor ainda. Última chance, cadê eles?
- Eu não sei!
Lexie, que estava abaixada para ficar na altura do rapaz amarrado, levantou, suspirou e olhou Beta. Ergueu a mão e deixou cair de novo.
- É todo seu. - E saiu da cela.
Ainda nem tinha chegado no fundo do corredor, e os gritos do rapaz já se ouviam por todo o lado.
- Acha necessário? - Perguntou Dário, andando do lado dela.
Lexie manteve seu olhar na frente.
- Nem por isso. Ir até lá e trazer eles de volta é mais importante.
- Então porque deu aquela ordem para o Beta? Você sabe como ele é! Aquele lá tem um neurónio a menos!
Lexie parou de andar e encarou Dário.
- Aquele lá pertence aqui, ele já mostrou várias vezes que merece estar em Arcadia. Ele sabe o que faz. E aquele lá, consegue controlar o maior de todos os exércitos nesse mundo perdido. Um exército de seres que nós todos tememos.
Dário respirou fundo. - Tá, tá... Mas olha só...
- Chega de conversa fiada! Vamos nos preparar. Assim que "aquele lá" terminar, nós vamos nessa tal comunidade.

- Até que é pequena. - Falou Dário.
Estavam escondidos em redor da comunidade, esperando Cloe que entrara escondida para se certificar de que o pessoal capturado estava realmente lá.
- E se a Cloe foi pega?
Lexie revirou os olhos. - Cala a boca, Dário. - Sorriu.
Cloe regressou passado pouco tempo, falando que os homens de Arcadia se encontravam lá dentro, severamente guardados.
- Temos de pensar numa forma de entrar. - Dário olhava em frente.
Lexie levantou e começou a andar até chegar no portão.
- Lexie! - Chamou Dário. - Droga!
Beta sorriu, do seu lado. - Ela é boa.
Dário olhou ele. - Não incentiva a doideira dela.
Lexie parou na frente, com as mãos para cima, em sinal de rendição.
Logo alguns homens apareceram no portão que se abria, e se aproximaram dela.
Lexie pôde ver alguns vigias nos topos dos muros, mas nada demais.
- O que você quer? - Rosnou um dos homens.
- Tudo bem? Quero meu pessoal. Aqueles que vocês prenderam.
- Não prendemos ninguém, moça, além de uns arruaceiros.
Lexie sorriu. - É exatamente esses que eu quero. Agora!
Ele sorriu. - E quem você pensa que é para vir aqui ordenar seja o que for? Ah! Espera. Você é a Rainha? A Vermelha?
Ela sorriu.
Logo o homem tirou uma faca do cinto, se aproximou mais dela e encostou a lâmina no pescoço.
- Que privilégio. - Falou.
De mãos ainda erguidas, Lexie fechou uma delas, e uma flecha atingiu o homem na testa, enquanto várias outras atingiam os vigias, fazendo eles caírem.
Lexie olhou para baixo, pisou a ponta da bota no rosto do homem e puxou a flecha, sacudindo o sangue e girando ela nos dedos.
- Também acho. - Falou, olhando o corpo.
Ergueu a mão e seu grupo surgiu das sombras. Os arqueiros pularam das árvores e Lexie entregou a flecha a um deles, pegando a katana em seguida e seguindo eles para dentro da comunidade.
Sem qualquer tipo de reação nem piedade, Lexie matou cada pessoa que aparecesse no seu caminho.
De repente, um corpo caiu do seu lado, vindo de trás, com uma das adagas de Beta espetada na cabeça. Ela olhou em frente e ele já se aproximava.
- Obrigada.
Beta assentiu enquanto pegava a adaga.
- Não tem de quê.
Os dois lutaram lado a lado, ela matando tantos quanto conseguia e ele protegendo ela.
No final, todos os membros da comunidade estavam mortos.
Lexie, suja de sangue, olhou em redor.
- Estão todos mortos, verifiquei cada um. - Disse Dário. - Vamos embora?
Lexie sorriu para ele e depois olhou em frente.
- Queimem tudo.
Dário franziu o cenho. - O quê? Mas para quê? Estão mortos, Lexie.
Ela olhou ele, apagando o sorriso.
- Queimem tudo!
Depois que todos saíram, Beta e alguns dos guerreiros pegaram fogo na comunidade.
Lexie observou as chamas consumirem o lugar e depois respirou fundo.
- Vamos embora.
Todos eles deram as costas para o local e regressaram a Arcadia.
Beta sentiu os dedos de Lexie no seu braço e olhou para baixo, para o rosto dela.
- Obrigada por me proteger lá. Fico te devendo.
Beta sorriu. - Você é minha líder, não deve nada.
Lexie sorriu. - Gostei de você.

Red Queen - A Rainha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora