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Narrador:

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Narrador:

Lydia franziu o cenho, enquanto Daryl olhava ela e depois em volta,se assegurando de que estava tudo bem.
- Ela estava aqui. Tem sangue e esse rastro, mas... Tinha mais alguém.
Daryl assentiu. - É. Depois o rastro segue naquela direção e vai até á estrada.
Lydia olhou ele. - E não aparece de novo?
Daryl negou com a cabeça. - Num dos lados não, resta ver no outro.
A garota levantou e esfregou as mãos nos jeans.
- Vamos.
Daryl levantou e seguiu ela. Aquela garota se apegara bastante á Lexie.
- Você... Que idade você tinha quando chegou em Arcadia?
Lydia olhou o caipira, agora andando do seu lado e franziu o cenho.
- Porquê?
- Sua dedicação á Lexie é impressionante.
Lydia fez uma careta, mas pensou por dois minutos.
- Não sei, uns nove ou dez anos... Não lembro. Vim com o Beta.
- Beta é... tipo, você é filha daquele grandão?
Lydia sorriu.
- Não, Beta me achou depois que o mundo mudou. Pelo menos ele diz que achou, eu não lembro. Fiquei com ele desde esse tempo, até acharmos Arcadia.
- Hum.
Lydia ficou em silêncio.
- Daryl.
Ele olhou ela, esperando.
- Acha... Acha que a Lexie está viva?
Daryl olhou o chão e depois de novo para a garota.
- O que você acha?
- Eu... Quero acreditar que sim mas... E se ela não estiver?
Aquilo doeu no peito dele, mas Daryl não deixou isso chegar na sua expressão neutra.
- Vamos pensar que está, ok?
- Parece um bom plano. - Ela sorriu.

Depois de horas procurando, chegaram na estrada, onde andaram por mais horas, até que o dia começou a escurecer.
Daryl achou um velho celeiro e decidiram passar ali a noite, caso não estivesse cheio de zumbis.
Quando chegaram perto, Daryl segurou o braço de Lydia.
- Fica aqui, vou dar uma olhada.
- Não, eu vou junto.
Daryl olhou ela. - Fica aqui!
- Tá bom, credo.
- Dog, fica com a Lydia.
Dog sentou junto da perna dela e, os dois, ficaram vendo ele se aproximar do celeiro e desaparecer pela lateral.
Lydia revirou os olhos, mas olhou em volta, já esperando zumbis surgindo de todos os lados. Mas a noite se manteve tranquila.
Daryl estava demorando um pouco e talvez isso não fosse um bom sinal. Algo deveria estar errado. E se ele precisasse de ajuda?
De repente, Dog levantou e começou a rosnar e a latir.
Lydia olhou para trás e viu três zumbis se aproximando, já estando perto demais.
- Droga!
Pegou as facas e respirou fundo, se preparando para o primeiro.
Lydia espetou a cabeça do zumbi, retirando depois as facas, mas Dog latiu feito louco e ela o olhou. O zumbi estava quase pegando ele e ela tinha de salvar o cachorro.
Enquanto observava Dog, Lydia esqueceu do terceiro morto, que estava agora do seu lado, agarrando seu braço esquerdo.
Sem pensar, Lydia sacudiu ele, lançando a faca na cabeça do outro que atacava Dog, mas caiu no chão, com aquele corpo morto, nojento, em cima do seu, querendo rasgar sua garganta.
Era o fim, ela iria morrer e Dário iria dizer " eu falei para não sair de Arcadia. " E se Lexie aparecesse? Lydia não cumprira as ordens, mas também, estaria morta, que diferença faria?
De repente, uma flecha se espetou na cabeça do zumbi, fazendo ele parar, e depois um par de mãos tirou ele de cima de Lydia, puxando ela para que se colocasse de pé.
Daryl olhou ela, procurando ferimentos.
- Foi ferida?
Lydia negou com a cabeça. - Salvei o Dog.
- Quase morreu! Tá vendo porque não deveria ter saído de Arcadia?!
A garota franziu o cenho.
- Eu... Acontece.
- Vamos entrando, vocês dois, o celeiro está vazio. - Daryl seguiu na frente, resmungando algo sobre ser babá de duas crianças, uma humana e outra canina.

Nessa noite, Lydia olhava o fogo queimando a madeira.
Dog dormia num canto, e Daryl ficava sentado, perto dela, mas sua cabeça estava cheia de pensamentos.
Do nada, Daryl escutou ela fazendo um som que deixava ele muito desconfortável.
Olhou ela de canto. - Você está chorando?
Lydia limpou as lágrimas e negou com a cabeça.
- Claro que não.
Daryl assentiu, sempre olhando ela.
- Tá, então me mostra o que caiu no seu olho.
Ela sorriu e olhou ele, dando de ombros.
- Eu quase morri e quase que o Dog ia junto. Sou péssima, mesmo. - Agora ela chorava. - Estou cansada. Eu não posso perder a Lexie e desde que o grupo do Rick, o seu grupo, surgiu, nós... A Lexie sumiu! Minha melhor amiga, e a líder da minha comunidade, sumiu. Além disso, o cara com quem passei anos, sobrevivendo nesse mundo morto, sumiu também. Todo mundo some e eu estou cansada de ficar parada sem fazer nada! Porque eu não lembro de merda nenhuma antes do Beta me achar, e nem nos primeiros meses depois disso, mas as pessoas com quem eu me importo, elas... elas somem!
Daryl mordeu o lábio, ele sabia qual era esse sentimento e alguém tão novo quanto Lydia não deveria passar por isso.
Ele respirou fundo, ficando quieto por alguns minutos, com sua cabeça pensando em tudo o que ela falara e tudo o que deveria ter vivido.
Ele chegou mais perto dela e suspirou, que se dane.
- Vem cá. - Falou, esticando o braço.
Lydia o olhou, mas se aproximou, colocando a cabeça junto do peito dele e sentindo o braço forte de Daryl rodeando seus ombros, a mantendo segura, como se nada de ruim fosse mais acontecer.
Daryl olhou o fogo, sentindo Lydia ainda chorando, e esperou. Era uma crise e iria passar. Mas quando passou, ele percebeu que ela dormira. Franziu o cenho e depois assentiu, sozinho. Lydia poderia dormir ali, não havia problema, afinal ela era apenas uma garota, uma garota que queria achar Lexie tanto quanto ele. E, para ser sincero, ele não achava que Lydia fosse fraca, só precisava melhorar umas coisinhas... Talvez até fosse bom para ela própria, estar ali, lutando, sobrevivendo fora dos muros.
Daryl sorriu torto. Até que era legal ter companhia.

Red Queen - A Rainha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora