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Beta:

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Beta:

No dia seguinte, Beta andava pelo Reino, procurando Dário, já que Lexie continuava dormindo.
Andou pelas ruas até chegar no ponto onde tinham estado na noite anterior.
Viu que Lydia já estava ali e sorriu, se aproximando.
- Caiu da cama, Dixonzinha? - Sentou do lado dela.
Lydia sorriu. - E você? Minha mãe te expulsou da cama por você roncar demais?
Beta riu. - Está aprendendo coisas novas, você.
Lydia deu de ombros. - Estou convivendo com o Daryl. Sabe? Tecnicamente eu também sou uma caipira, e a Lexie também.
Ele revirou os olhos. - Eu sei. Eu cuidei de você e agora tem a sua mãe...
- Obrigada, Beta.
- Pelo quê?
- Minha mãe parece feliz e... tá, você é um cara legal.
Beta agarrou Lydia. - Só isso? Um cara legal?
Enquanto riam, nenhum dos dois viu Daryl se aproximando, apenas quando ele falou.
- Lydia.
Olharam ele e Beta largou a garota, parando de rir.
- Está pronta? - Perguntou Daryl.
Lydia assentiu. - Sim, vamos. Até mais, Beta, vou caçar.
Lydia e Daryl deram as costas e Beta levantou.
- Caçar? - Perguntou.
Os dois pararam de andar, e olharam ele.
- Sim, vou com o Daryl. Não tem problema.
Beta olhou Daryl, que segurava a besta no ombro.
- Tem cuidado com ela.
- Eu sei o que estou fazendo. Você não é o único que protege pessoas.
- Pai... - Lydia fez uma careta.
Beta deu um passo em frente.
- Beta... - Disse Lydia.
- Eu mantive ela viva, nem você e nem ninguém vai magoar ela!
- Ah qual é?! - Gritou Daryl, se aproximando de Beta. - Já roubou a Lexie, agora quer afastar a minha filha também?
- Eu não roubei a Lexie! Você afastou ela!
Daryl tirou a besta do ombro e largou no chão, encarando Beta, que já se preparava para lançar Daryl pelo ar.
- Chega, vocês dois! - Disse Lydia.
- Deveria escutar sua filha. - Disse Beta.
- Deveria te mandar para o inferno!
- Beta!
Os dois pararam ao escutar aquela voz. Beta respirou fundo e deu um passo atrás. Daryl fez o mesmo e ficaram vendo Lexie se aproximar.
Ela olhou os dois. - Ficaram malucos, foi? O que deu em vocês?
- Lexie...
Ela ergueu a mão. - Nem quero saber! Você prometeu, Beta.
Beta passou a lingua pelos lábios, olhou Daryl e depois assentiu. Ergueu as mãos e deixou elas cair de novo.
- Tudo bem. Parei. Esse daí não vale a pena, mesmo.
Beta se afastou, deixando Lexie com a família dela, tratando do assunto Daryl "imbecil" Dixon.
Andou até mais na frente e sentou nas escadas de uma das casas, colocando os joelhos junto do peito e apoiando os cotovelos neles.
Lexie se aproximou, um tempo depois, parando junto dele.
Beta suspirou. - Vai, fala.
- Não tem nada para falar. Quer dizer, tem sim! Eu tinha razão!
Ele olhou ela de cenho franzido. - Sobre o quê?
- Vocês quase se matam de cada vez que se vêem.
Ele negou com a cabeça. - Talvez o Daryl precise de terapia para controlar aquele jeito idiota dele.
- Talvez você precise de terapia para controlar seu ciúme.
- Tá doida?
Lexie colocou as mãos na cintura.
- Não? O que foi aquilo, então?
Beta levantou e ficou na frente dela.
- Ele vai levar a menina para caçar!
- E?
- E? É perigoso!
- Beta, você ensinou minha filha a usar armas com seis anos.
- Eu... é... Ah, não é a mesma coisa!
- Exato, é pior!
De repente, Beta começou a rir que nem doido, deixando Lexie confusa. Depois ele parou na frente dela.
- Eu não me sinto confiante com esse Daryl. Feliz?
- Hã?
- Ele tem tudo do lado dele! Tem a Lydia, conhece você á anos, você ainda gosta dele...
Beta deu de ombros, olhando para o lado. Depois sentiu as mãos de Lexie no seu rosto e olhou ela.
- Eu estou com você. Eu gosto de você. Beta, eu disse que amava você.
- Mas... - Suspirou. - Tá. Ele me tira do sério.
Lexie deu um selinho nele. - Deixa de ser besta.

1 mês depois:

Lexie:

Dário estava do meu lado, os dois abaixados, esperando. Alguns dos meus homens estavam junto da gente.
Meus olhos observavam cada movimento do Beta, mais na frente, se aproximando de um pequeno acampamento que ele e Dário haviam achado na noite anterior.
- Apenas duas pessoas? - Perguntei, sem nunca desviar o olhar de Beta.
- É, apenas duas. - Disse Dário.
Franzi o cenho, olhando em redor. Se eram apenas duas pessoas...
- Dário, cadê as proteções? No mínimo algo que faça barulho, para avisar no caso de zumbis aparecerem.
Dário olhou em volta e depois para mim. - Você tem razão.
Olhei ele. - Tem certeza de que eram apenas duas pessoas?
- Lexie, a gente...
Nesse momento, enquanto eu olhava Dário, uma explosão tomou conta de tudo, nos fazendo abaixar. Ergui os braços, protegendo a cabeça, e quando senti ser seguro, ergui a cabeça.
No meio da poeira, o acampamento ardia. Levantei. Onde estava Beta? E depois vi ele, deitado a alguns metros, imóvel.
- Beta! - Gritei, correndo na sua direção.
Abaixei junto dele e vi um ferimento horrivel no seu peito.
Toquei no seu rosto, com minhas mãos tremendo.
- Beta, acorda, por favor! Não faz isso comigo! - Sacudi ele, devagar. - Beta.
Nada. Ele continuava de olhos fechados, sem se mexer.
Senti alguém do meu lado e meus dedos se fecharam no cano de uma das adagas de Beta. Puxei ela e, sem pensar, estiquei o braço, espetando na pessoa que estava ali.
Era uma mulher que eu não conhecia, deveria viver ali. Empurrei a adaga com mais força, vendo ela largar a faca dela e o sangue aparecer na sua boca.
Olhando nos olhos dela, puxei a adaga e ela caiu, estremecendo.
- Lexie, abaixa! - Gritou Dário.
Abaixei e escutei ele atirando, e um corpo caiu atrás de mim. Era um homem.
Dário se aproximou, mas minha atenção já estava de novo em Beta.
- Ele está...?
Senti as lágrimas caírem pelo meu rosto e coloquei os dedos no pescoço dele.
- Ele está vivo! - Levantei. - Temos de levar ele no Doc.
Todos ajudámos a carregar Beta até Arcadia. Eu só conseguia pensar que não podia perder ele.

Red Queen - A Rainha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora