Todos pensavam que tinha terminado. Rick e seu grupo, pensavam que tudo tinha terminado com a queda de Negan... mas estavam enganados.
O que eles não sabiam, era que algo tão tenebroso quanto Negan, se escondia no meio da floresta, algo mais forte...
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- Lexie! Olhei para trás, vendo Cloe se aproximando. Franzi o cenho, me afastei do grupo de Alexandria, Dário e Beta e me aproximei de Cloe, olhando no seu rosto. - O que houve? - Temos um problema. - Ela falou. - Tem um grupo se dirigindo para cá, armados e de rosto tapado. Respirei fundo, pensando. Assenti. - Tá. - Olhei para trás, fazendo sinal a Beta e Dário para se aproximarem. - São muitos? Cloe deu de ombros. - Contámos uns vinte, junto da estrada principal. Mas os vigias do Beta falaram pelo rádio que eles estão vindo na nossa direção. Eles vão trombar em Arcadia e não parecem amigáveis. - Algum problema? - Perguntou Dário. - Temos companhia. Beta franziu o cenho e quase ri. Parecia que ele tinha ativado o "modo de combate", como num filme de super herói. - O grupo de Alexandria ia sair. Olhei ele e neguei com a cabeça. - Não. Não podem, seria arriscar demais. Dário, prepara os homens, vamos sair. Cloe, as crianças precisam ser protegidas, retiradas daqui se algo der errado. Ela assentiu. - Pode deixar. - E se afastou. Olhei Beta. - Você vai sair comigo, vemos a situação, se for caso disso, você vai na gruta e leva um rádio, algo me diz que vamos precisar dos mortos. - Tudo bem, vou buscar as facas. Respirei fundo e me dirigi ao grupo. Todos me olharam e Daryl se aproximou, tomando a liderança. - Problemas? Assenti. - Tem um grupo que vem na nossa direção. Acho que não sabem da nossa existência mas não parecem amigáveis e isso pode ser péssimo. - Pessoas? - Perguntou Aaron. Assenti. - Vocês não podem ir, não agora. É arriscado, não sabemos com o que estamos lidando. Daryl assentiu. - Pode contar comigo. Magna, Yumiko, e todos os outros ficaram do lado do Daryl. - Eu não posso dizer a vocês para lutarem. Não por mim. - Falei. Luke se aproximou e colocou a mão no meu ombro. - Somos amigos, certo? Amigos se protegem. Sorri para ele e assenti. - Obrigada, gente. - Lexie! Dário vinha correndo e parou junto de nós, branco como a parede. - Temos um grave problema. - Ele respirava com dificuldade. Nesse momento, o rádio do Beta fez barulho e ele pegou ele. - Fala. - Beta, são imensos. Não sei de onde vieram, mas é um grupo grande! Precisamos de toda a ajuda disponivel. E tem mais. - Mais? - É. Eles estavam falando que queriam a cabeça da Rainha. Beta me olhou, bem como todos os outros e eu ergui o queixo. - Eles que venham.
Coloquei minha katana na bolsa e prendi nas costas. Cloe já tinha tirado todas as crianças e as pessoas que não poderiam lutar, para um lugar seguro e secreto. Beta se aproximou de mim e me beijou de forma demorada. Sorri quando ele se afastou. - Toma cuidado. - Falou. - Pode deixar. - Dário me falou sobre a mudança de planos. Eu sigo direto para a gruta, certo? Assenti. - É. Se der errado, pelo menos você acaba com eles. Beta segurou o meu rosto. - Não vai dar errado. Ninguém vai morrer. Nós temos pessoas, armas e muito mais que eles não imaginam. Abracei ele e depois Beta me fez um ultimo carinho no rosto. - Vejo vocês duas mais tarde. - E se afastou.
Beta:
Ele saiu da casa grande, vendo todo mundo se preparando para lutar. Só de pensar em Lexie no meio daquilo, grávida, era agonizante. Depois percebeu Daryl mais na frente, pegando a besta e colocando no ombro e se aproximou dele. - Daryl. O caipira o olhou. - Beta. - Preciso falar com você. Daryl franziu o cenho e depois suspirou. - Olha, não estou afim de briga, tá? Tem uma guerra se aproximando, caso não tenha percebido. - Engraçado, você. Eu não quero brigar, não com você, não agora. - Não? Que merda você quer, então? Beta respirou fundo, aquilo ia contra todas as regras que ele elaborara na sua mente. - É a Lexie. Daryl olhou ele e depois se mexeu, desconfortável. - O que tem ela? Beta passou a mão pelo rosto. - Eu não gosto dessa ideia, mas acho que não tem outra forma. - Beta se aproximou de Daryl. - Eu não vou poder proteger a Lexie, não lá fora, e depois ainda irei trazer coisas piores do que humanos. Daryl negou com a cabeça. - Eu não vou pedir para ela ficar do lado de dentro dos muros. Beta sorriu. - Nem conseguiria. Não é isso. Eu preciso... Preciso de um favor. Daryl franziu o cenho. - Favor? - Protege a Lexie, protege a minha filha, não deixa nada chegar nelas, por favor. Eu pediria para o Dário, mas acho que você será mais eficaz. E sim, eu odeio essa ideia e o facto de estar, literalmente, pedindo pra você. - Você quer que eu as mantenha vivas. - Daryl, eu já pedi por favor. Eu não posso sair se achar que elas não vão ficar bem. Daryl assentiu. - Eu sei, Lexie e a minha filha vão lutar, lembra? É a mesma coisa. - Então você entende. Daryl mordeu o lábio e assentiu. Beta se aproximou dele. - Olha, eu sei que temos nossas diferenças e que ambos amamos a mesma mulher, mas só por hoje, podemos esquecer. - Tá. Eu ia ficar de olho na Lexie, mesmo. Beta ergueu a mão e Daryl bateu, apertando e olhando ele. - Só dessa vez, Dixon. - Só dessa vez, cuzão. Beta se afastou, pegando a máscara e saindo de Arcadia. Se odiava por ter pedido semelhante coisa para o caipira, mas, como ele dissera, não tinha outro jeito. Lexie precisava ser protegida e depois, se ele levasse os mortos, nenhum deles poderia chegar nela e nem na sua filha. Enquanto caminhava, se afastando, Beta tentou tirar tudo da sua mente. Iria para uma guerra e teria de acabar com quem queria matar a Lexie. Os Arcadianos tinham razão. Ele era um demônio, principalmente quando tinha de proteger as pessoas que amava.
Lexie:
- Temos de mantê-los aqui tempo suficiente para o Beta chegar. Assim que isso acontecer, nós vamos para dentro dos muros. Todos nós. Beta não vai trazer um grupo, mas sim um exército. - Olhei cada um deles, que me assentiram de volta. - Cloe levou as crianças, os homens do Beta estão escondidos pelas árvores e tem mais nos muros, assim que entrarmos atacaremos eles de cima, enquanto os mortos fazem o resto. Fiquei vendo eles se prepararem e depois senti alguém do meu lado. Era Daryl. - Vai ficar tudo bem. - Disse ele. - Não sairei do seu lado. Assenti, respirando fundo. - Tou nervosa. Eu perdi o nosso bebê numa luta assim. Daryl se colocou na minha frente e me olhou. - Era diferente, Lexie. O nosso bebê era mais novo, essa garotinha aí é mais crescida, mais forte. Além disso, ninguém vai chegar em vocês. - Elena. - Quem? Sorri. - A bebê, já escolhemos, é Elena. Daryl sorriu torto. - Nada chegará nela, prometo. Assenti, olhando o portão. - Lexie. Meus olhos voaram automaticamente para Daryl. - Mostra a eles quem é a Rainha Vermelha. Sorri.