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Daryl:

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Daryl:

No dia seguinte, Daryl, sentado junto de uma mesa, levantou assim que viu Dário entrando no refeitório. Se aproximou dele.
- Daryl.
- Oi. A Lexie?
- Deve estar descendo. Pega leve, tá bom?
Daryl assentiu e encostou na mesa, esperando.
Lexie surgiu, junto com Lydia, Connie e Kelly, falando sobre algo, mas assim que seus olhos viram Daryl, Lexie parou de andar.
Daryl se afastou da mesa e Lexie se aproximou dele.
- Posso falar com você? - Perguntou.
Ela assentiu e fez sinal para que ele a seguisse.
Lexie parou, afastada de tudo, e olhou ele, esperando.
- Eu... Desculpa, por ontem.
Lexie franziu o cenho e Daryl deu de ombros.
- Eu fiquei pensando e... Eu sei que peguei pesado.
- Daryl...
- Eu sei que você está com o grandão, lá e tudo o que eu disse era verdade, mas... Eu não consigo me afastar. Eu prefiro ter você como amiga, do que não ter de jeito nenhum. Mesmo... Mesmo que você esteja esperando um filho... dele.
- Uau, isso foi a coisa mais sincera que você me disse em anos. - Lexie riu. - Você me magoou ontem, Daryl. Bastante. De novo. Você tem um estranho dom de me fazer sentir uma merda.
- Eu sei, por isso estou pedindo desculpa.
- Isso também é uma novidade.
Daryl revirou os olhos. - Eu não vou mais atacar o Beta, só não conte de eu me aproximar quando ele recuperar e andar com você para todo o lado. Você está com ele, está grávida, mas ainda temos a Lydia. E... por ela, eu aguento essa sua... escolha.
Lexie se aproximou dele e o coração de Daryl bateu mais rápido, mas ele ignorou.
- Você é feliz com o Beta e... - Suspirou, olhando ela. - Não vou estragar isso. Apesar de ser uma dor e tanto.
Pegando Daryl de surpresa, Lexie abraçou ele, apertando forte. Ele fechou os olhos. Talvez aquela fosse a última vez que tinha Lexie nos braços.
Ela se afastou, e sorriu.
- Obrigada, Daryl. De verdade. Eu estava morrendo só de pensar que você iria sumir de novo.
Ele sorriu e tirou um cabelo do rosto dela.
- Vai lá, Siddiq falou que estava esperando você.
Lexie sorriu e se afastou.
Daryl ficou vendo ela se afastar, sentindo seu coração se despedaçar um pouco mais, mas sabendo que ela era feliz. Iria ser o seu próprio inferno, mas teria de aguentar.

Lexie:

Entrei com Siddiq no meu quarto, com o médico carregando o aparelho de ultra som.
Vi Beta franzir o cenho e erguer a mão.
- Afasta essa coisa de mim, o que quer que isso seja!
Sorri e revirei os olhos. - É o ultra som.
Tentei afastar da minha mente o que acontecera ontem e o que acabava de acontecer comigo e Daryl naquela manhã, Beta não precisava saber de pormenores. Não nesse momento.
Beta riu. - Eu sei. O que isso está fazendo aqui?
Siddiq sorriu para ele. - Quer ver seu filho, ou não?
Beta me olhou e eu assenti.
Deitei do lado dele e Siddiq colocou o aparelho de forma que Beta conseguisse ver a imagem.
Assim que o médico ligou ele, Beta, que já estava se sentindo um pouco melhor, se endireitou, franzindo o cenho.
Eu nem prestava atenção no aparelho, mas sim na expressão de Beta.
Siddiq parou num ponto da minha barriga e indicou a imagem.
- Isso é a cabeça, aqui os braços, a barriga, as pernas... - Ele olhou Beta. - Seu filho.
Beta estava olhando a imagem como uma criança olha para um presente de Natal enorme. Seus olhos brilhavam e sua boca estava ligeiramente aberta.
- Beta? - Chamei.
Ele me olhou por dois segundos, voltando sua atenção para a imagem.
- Você já viu? É... É fantástico! - Ele riu.
Siddiq riu também, da reação de Beta.
- Você nunca tinha visto antes? - Perguntou o médico.
Beta negou com a cabeça. - Não.
Siddiq mexeu mais um pouco e eu vi ele franzindo o cenho. Aquilo me assustou e eu foquei nele.
- Siddiq?
Ele me olhou. - Sim?
- Está tudo bem?
Beta me olhou e depois para o médico, esperando.
Siddiq assentiu. - Sim mas na verdade... é... - Ele olhou Beta. - Não é seu filho.
Senti meu coração parar de bater.
- O quê?! - Falei.
Beta continuava de cenho franzido. - O quê?
- Siddiq! - Encarei.
O medico riu. - Calma, vocês dois. - Olhou Beta, de novo. - Não é seu filho, é sua filha. É uma menina.
Olhei a imagem.
Beta colocou a mão na cabeça e encostou na cabeceira da cama.
- Fala sério! - Ele me olhou. - É uma menina!
Eu ri. - Eu percebi.

Depois de Siddiq sair, fiquei com Beta no quarto e ele estava de novo mexendo na minha barriga, enquanto eu estava sentada do seu lado.
- Vamos ter de tomar cuidado com essa menina.
Olhei ele, franzindo o cenho. - O quê? Porquê?
Ele sorriu. - Ora, a Lydia é sua filha, cresceu e já está toda encantada pelo Carl. Imagina quando essa daí crescer.
Eu ri, balançando a cabeça.
Depois Beta tirou a mão da minha barriga e me olhou, mudando a expressão.
- O que houve com o caipira?
- O quê? - Olhei ele.
Ele suspirou e indicou a janela junto da cama.
- Vi você falando com ele.
Respirei fundo e mexi no cabelo. Droga. Eu ia acabar perdendo os dois.
- Eu falei para o Daryl ontem, ele surtou, hoje ele veio pedir desculpa.
Beta franziu o cenho. - Desculpa?
- É.
Beta fez careta. - Nossa, nunca imaginei que ele fosse capaz de pedir desculpa.
- É, mas pediu.
Ele assentiu. - São amigos, agora?
- É, somos sim.
- E você fica confortável com isso?
Dei de ombros. - Sim. É o Daryl, é o pai da Lydia, eu... prefiro ter ele como amigo do que estarmos sempre brigados.
Beta me sorriu. - Tudo bem, eu confio em você.
Sorri e beijei ele. - Acho bom, porque eu não vou fazer nada. Além disso, estou grávida.
Beta fez um sorriso enorme, me abraçando. - E é meu.
Beijei ele uma outra vez, mas depois afastei, tirando o seu cabelo do rosto.
- Tenho de ir. Tem o treino.
Beta revirou os olhos. - Tá, vai lá. Aliás, tem outra coisa. O Doc disse para eu tentar andar pelo quarto, mas devagar e pegar leve, para testar. Tipo, sei lá, a gente poderia testar de outra forma, á noite.
Levantei da cama e peguei a katana, colocando nas costas. Sorri.
- Você tem de ir devagar, lembra?
- Ora, por mim tudo bem.
Segurei a porta e olhei ele. - Eu não sei ir devagar, Beta.
Antes de fechar a porta, ainda escutei ele rindo.
Desci as escadas e logo Connie me pegou na rua, se colocando na minha frente, sorrindo. Fez sinal para eu esperar e depois pegou um pequeno caderno, onde começou a escrever. Depois, mostrou pra mim.
- "O Dário é seu irmão?"
- Não. - Neguei com a cabeça e pedi o caderno, escrevendo "melhor amigo".
Ela abriu a boca e assentiu, escrevendo de novo.
- "Então, vocês não estão juntos?"
Eu ri e escrevi a resposta. - "Não, eu estou com o Beta." - Mostrei a ela e estiquei a mão, acima da cabeça.
Ela entendeu, sorrindo.
- "Ele tem alguém?"
- Não.
Connie sorriu e depois escreveu de novo. - "Ele é fofo."
Sorri e assenti. - É, é sim.
Ela me agradeceu e voltou para junto da irmã, esperando para irmos no campo de treino.
Dário surgiu do meu lado.
- O que ela queria?
Dei de ombros. - Perguntar umas coisas sobre você.
Dário mudou de cor. - O que você disse?
Olhei ele, sorrindo. - Que você dorme com um urso de pelúcia, que tem terror de zumbi e isso te deixa nervoso em cada saída e que tem namorada.
Dário franziu o cenho. - O quê? Você não disse isso! Não seria capaz! Eu nem tenho namorada!
- Cyndie é o quê?
Ele revirou os olhos. - Aquilo foi... Ah sei lá, nem ela sabe. Foi alguma coisa, mas nada demasiado sério.
Eu ri. - Relaxa, eu não disse nada disso.
- Não?
- Ah! E ela te acha fofo.
Me afastei e Dário correu, ajustando seu passo com o meu.
- Fofo? Ela disse isso? Espera! Porquê fofo? É só isso que ela viu em mim?
- Dário, calma. Se você gosta dela, porque não fala com ela?
Ele revirou os olhos. - Eu passei anos do seu lado e nunca consegui falar o que sentia. Imagina agora.
Eu ri, segurando o braço dele. - É verdade. Não se preocupa, eu ajudo você.
Ele revirou os olhos de novo. - Misericórdia.

Red Queen - A Rainha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora