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2 meses depois

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2 meses depois...

Rick:

Sentado na cadeira, na frente da sua casa, Rick observava as crianças brincarem nos jardins de Alexandria, entre elas estava Judith e parecia genuinamente feliz.
Sentiu movimento e olhou para o lado, vendo Michonne sentando do lado dele.
- Oi. - Falou ela.
- Oi.
Ela suspirou, como se pensasse sobre se deveria falar ou não.
- Rick... Já se passaram 2 meses... O Carl... Deveríamos matar a Lexie e trazer nosso menino de volta.
Rick suspirou e olhou Michonne.
- Não podemos ir assim, ela estará esperando um ataque, estará preparada. Por muito que eu odeie a ideia de Carl estar nas mãos dela, eu tenho de aguentar, e ele também. Além disso - Rick respirou fundo. - Daryl nunca me deixaria matá-la.
Michonne franziu o cenho. - Será que ele conhecia ela, mesmo? E mesmo que conhecesse, isso foi antes! E ela matou a Sasha e destruiu Hilltop!
- Ela queimou uma parte, Michonne, não foi burra ao ponto de destruir tudo. Ela sabe que Hilltop poderá se erguer de novo, e eu desconfio que parte disso seja por causa do Daryl.
Michonne, ergueu as mãos e depois deixou elas cairem
- E daí? Ela é uma louca assassina, Daryl iria compreender se algo acontecesse! Ou então poderiamos dar um jeito nela, fazer parecer um acidente.
- Michonne, ela tem o Carl.
- Exatamente! - Michonne encostou para trás, na cadeira, e seu olhar se prendeu em algo mais na frente. - Negan tinha razão, mas acho que se enganou sobre quem era o ponto fraco de Lexie. Por falar nisso, cadê ele? Cadê o Daryl?
- Daryl deve estar na floresta, ele falou que iria procurar o Negan.
Os dois ficaram em silêncio, olhando um cara que estava pegando vegetais e colocando dentro de um cesto, severamente guardado por um Alexandrino armado. O homem, fez uma careta ao esticar o braço demasiado, tocando depois num ponto na sua barriga, como se doesse.
Michonne suspirou perante a cena. - Deveríamos ter matado ele. Dário deveria estar morto.

Lexie:

Olhava o enorme desenho sobre a mesa, perfeitamente elaborado num pedaço grande de papel. Nele estava toda Arcadia, com seus muros, divisões, celas... uma planta completa e pormenorizada da comunidade, bem como alguns metros para lá dos muros, com pontos estratégicos.
- Lexie, está á horas olhando esse papel.
Ergui o olhar para Cloe, sem dizer nada, e depois abaixei de novo, olhando os muros e para lá deles.
- Beta, querido, que tal reforçar a segurança aqui? É um bom ponto para vermos os Alexandrinos chegarem, se tentarem alguma coisa.
O enorme homem sentado na frente da secretária sorriu e se inclinou para ver onde eu indicava. Assentiu.
Ele chegara com Lydia, anos antes, e eu automaticamente adorei a garota, permitindo que ambos ficassem e Beta se tornara um bom guerreiro.
- É sim, mas os outros ângulos ao redor dos muros também deveriam ser reforçados.
- Pff, quê? Vamos colocar milhares de vigias, agora?
Ergui a cabeça, ficando realmente cansada daquela mulher.
- Cloe, me explica uma coisa. Quem é o líder dos guerreiros?
Ela olhou Beta, ficando atrapalhada, e depois me olhou.
- O Beta, Rainha.
Sorri. - Ótimo, então eu acho que você deveria parar de tentar fazer o trabalho dos outros só porque subiu no lugar de meu braço direito! - Balancei a cabeça e revirei os olhos. - Credo, estou pensando seriamente em colocar o Beta também nesse lugar.
O homem sorriu. - Seria um prazer.
Cloe lançou a ele um olhar mortífero e eu ri, esticando a mão e tocando no seu braço sobre a mesa.
- Eu sei, grandão, mas enfim. Espera pra ver.
- Lexie, com todo o respeito, mas acho que eu deveria um pouco mais de consideração. Eu nunca falhei com minhas tarefas.
- Eu sei, Cloe, mas você se preocupa demasiado com coisas que vão além das suas tarefas. - Sorri para Beta. - Reforce a segurança, vejo vocês dois depois.
Levantei e saí dali, estava sentindo o inicio de uma grande dor de cabeça.
Subi em direção ao meu quarto, entrando e fechando a porta, mas assim que o fiz, parei, levando um susto e ficando com a respiração acelerada.
Sentado no sofá junto da janela, confortavelmente posicionado, estava Daryl, com a besta pousada no chão.
Franzi o cenho. - Daryl? Como você entrou aqui?
Ele indicou a janela atrás de si.
- O quê? Como você subiu? - Perguntei.
- A árvore do pátio da frente.
Assenti, tomando nota mental para cortar aquela árvore.
- Sei... O que veio fazer aqui?
Ele levantou, se aproximando e parando bem na minha frente.
- O Carl?
- O garoto está ótimo, até dei uma amiguinha para ele.
Daryl, rápido como uma cobra, segurou meus ombros.
- O que você fez com ele?!
- Nada! Estou falando da Lydia, uma garota que deve ter mais ou menos a idade dele. Me solta! - Me afastei. - Que merda deu em você?
- Só queria ter certeza de que ele estava bem.
Cruzei os braços. - Está ótimo, mas o Rick não parece muito preocupado.
Daryl respirou fundo.
- Rick pensa que você está esperando um ataque.
Eu ri. - Que inteligente, vejam só. E estou. Á meses. Beta está tratando da segurança. Vai dizer isso para o seu líder?
Daryl se aproximou de novo.
- Porque diabo vocês dois pensam que eu sou mensageiro de tretas, hein?! Você e o Rick podem ir para o inferno! Desde que você apareceu nossa vida virou de cabeça para baixo!
Mordi o lábio. - A vossa?
Daryl me olhou. - A minha.
- Daryl...
- Eu não sei de qual lado ficar, tá? Meu grupo, minha família, é aquele povo, o Rick! Mas depois apareceu você e... Ver você de novo... Mas você vive atacando a gente e Rick só pensa em arrancar sua cabeça...
Sem pensar, cortei o espaço entre nós e abracei ele, rodeando com os meus braços e apertando forte, colocando minha cabeça no seu peito.
No início, Daryl ficou tenso mas depois, aos poucos, fui sentindo seus braços me rodearem, até que ele me apertou como se fosse sua última chance de sobrevivência.
Confesso que esquecera como era ser abraçada por aqueles braços, mas agora lembrava perfeitamente.
Daryl me afastou um pouquinho e depois me olhou durante uma eternidade. Pensei em fazer uma coisa, mas Daryl iria me matar, com certeza.
Que se dane, pensei.
Aproximei meu rosto do dele e Daryl não recuou, mas ficou bastante quieto. Senti sua respiração no meu rosto e, não aguentando mais, colei meus lábios nos dele.
As mãos de Daryl voaram para o meu corpo, ao mesmo tempo que seus lábios forçavam os meus. Abri e uma das mãos dele voou no meu cabelo, como sempre fizera.
Empurrei ele devagarinho, já preparada para que ele terminasse com aquilo e fosse embora, mas Daryl deixou que eu empurrasse ele até á minha cama, onde deitamos sem nunca interromper o beijo.

Red Queen - A Rainha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora