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O extrato da conta
Uma hora chega
O prazo é adiado um dia ou dois,
Mas chega.
Tudo tem seu fim.
Tem coisas que não deveriam nem ter início,
Pois levam os fracos ao precipício.

A queda,
Dói tanto
Que a dor dos ferimentos
Não supera a dor do pranto.

A volta das escuras,
O voltar a ver a luz
Fere as córneas
Sangra às lágrimas
Salgadas
Que ardem no corte.

A Tv me disse
O Sol me disse
A porta quis se negar abrir
Os pedregulhos ainda feriram meu joelho,
Até o espelho viu
Que eu morri.
Nesta tarde de domingo.

O reboliço que separou meu corpo da alma, funde essa poesia.
O anseio pela madrugada perigosa
Transpira o sangue das minhas veias.
Tenho vagado pelas ruas secas da morte
Tem tanto tempo,
Que ver qualquer barulho
De alguém por esse triste cenário
Chega a ser hilário.

Não deviam temer
O fato da morte um dia
Levar a minha matéria embora,
Aqui da terra dos vivos.

Deviam temer
Às coisas duras que me dizem
E me fazem sofrer,
Pois, para eu ir
Nada irá me impedir
E se a única coisa que me sobra, doer
Faço de mim ave
E vou sem me arrepender.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora