CLXIX

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Que vento leve
Tomara que me carregue
Devagar feito onda em pé de barco.

Que dia lindo
Vi uma deusa no espelho, depois de tempo feio, ela tava sorrindo.

Que coisa foda.
Que poesia solta,
Feito fênix que incinera, queima em brasa viva, morre, revive e depois voa.
Seu olho não brilha a toa.

Que poema encantado,
Parece tão ingênuo,
Perfeito para ser descartado,
O leitor tá vendo, vai ser rasgado
Nunca lido.

Mas que bela história,
É sobre poema ou gente?
É triste essa comparação descontente,
Gente que descarta gente,
Para que o ego permaneça contente
Precisa-se de corpo que esquente.

Poesia né pra doido,
É pra quem sabe lê
Não as letras dos loucos criadores,
Mas para aqueles que acreditam sem se ver.
Mundo véi abusado, quer tudo texturizado
Aquecido, violado, falsamente amado.

Amor véio esculambado.
Esculacha amor, as flores murchas do teu lado, na lata de lixo.
Idiota, pra que me mandar isso.
Pena que coração se for parar na lixeira
Tem que ir corpo parar na fogueira.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora