LXXIX

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Nojento viciado
Me deixas enojado
Quer ter o corpo amado
Com calor
Fuga
E luxúria.

Nojento viciado
Alma virada
Não aguenta um olho
Te olhando sedento
Que já se navega
Se entrega
De corpo e pele de bandeja
Para que tudo seu outro olho veja.

Nojento viciado
Que só se derramar, deseja
Que só em tocar aquele nome
Pensa como o maldito nome beija
Beija e te queima em mil chamas
Amorteces todo desejo na cama
A latejar incansável
Consumido pelo desejo sedento
De tocar o ritmo da festa por dentro.

Nojento viciado
Mãos ágeis
Fortes e duras
Decididas e impuras
Puxa e segura
A silhueta perigosa
Como a estrada alpinosa.

Nojento viciado
Quando a íris daquele olhar desejoso te toca
Te despir sem nenhuma força
Queima, arde e treme
A sede voraz
Impulsivo te faz
Toca, morde até jorrar o sangue
Encaixa o quebra cabeça
A ponto de ser uma peça só
Choca
Olho a olho
Peito a peito
Mundo que se cala
Corrompido pelas paredes marcadas dessa casa nojenta e viciada
Em nada menos do que,
Amor.
Chama, e
Morte.
Consumidos por um segundo de uma viciada e nojenta, deliciosa sorte.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora