LVII

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Reticências
Para que serve?
Tanta ciência
Para que serve?
Se nada vai me fazer tão feliz
Quanto todo mundo diz.

É,
Não posso negar
Às vezes o sol vem me esquentar
Acalentar
O caminho da minha espinha.

Às vezes quando dá
No meio da correria
Jogo uma música
Para enganar a agonia
Para enganar a solidão
De viver sendo eu todo dia.

Se ouver razões para me dizer
Que sejam cabíveis
Não sejam banais.
A vida já me matou em muitos carnavais.

Se não for nadar na neve
Leve uma garrafa, ao sair bata à porta.
Vou fazer cercas de quintais
Colagens com jornais.
Odeio carnavais.

Minha couraça sofrida
Esbofeteada por essa miserável vida
Não aguenta tanto balanço novo
Se for depender do meu esforço
O amor que se mude de canto
Que na solidão, eu me garanto
Com muito conforto.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora