CLXI

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Em meio a todos os nomeados idiotas
Nomeio a mim, como rei deles.
Em meio a todos os solitários e fodidos
Nomeio a mim, melhor deles.
Em meio a toda minha forma de ser mais um otário, sigo mantendo
Ser um idiota, meu maior reinado.

Serei decepcionado,
Feito um idiota confuso e condenado.
Serei magoado,
Feito um idiota, que prefere se deixar enganar, e ser sempre o enganado.

Um idiota.
Que ainda sente
Pois prefere rugir com dor, a ser um idiota dormente.

Um idiota.
Frágil e carente
Que ama mesmo escondendo o que sente.

Um idiota.
Que ama pessoas tão idiotas, quanto ele mesmo.

Um idiota, exagerado.
Que olha os céus e escreve
Que lê e nas palavras se perde
Que olha e sente tão fundo, mesmo calado
Que confia, mesmo se sentindo ameaçado.

Um idiota que ama animais,
Mais, muito mais do que gente.
Pois eles nunca escondem o que sente.
Um idiota que sufoca a própria dor
E a outro ferido, ainda oferece amor.

Um idiota, completo idiota.
Que nenhum outro idiota
Poderá ser igual a ele.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora