CXI

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Perdoe, ó céus
Minha tantas palavras soltas.
Talvez eu seja a gênia
Que vai morrer cedo, por ficar jovem e louca.
Sufocada grito em silêncio
Quem sabe os pássaros ouvem
Deus também ouve,
E se apieda da dor.
Ah, quem dera!
Tudo isso não existisse
E meus ouvidos se trancassem
para as asneiras d'ansiedade
Quem dera tudo, só calasse
Nada mais dissesse
Só rezasse
Cada um, a sua prece
E se amasse. No tempo feio
Oportuno a todos os fracos de cabeça
E bons de coração.

Delírio promissor.
Quem sabe o que é amor?
Não há um. Nem eu.
E conhecendo os destroços de seu perigo? Nem quero saber.
Minhas dormencias pouco se animam.
Minhas carnes ainda doem
Pois meu espírito ainda balança
Às vezes até dança
Quando a natureza resplandece sua imagem.

Não quero nada.
Quero sossego,
Quero despejar todo meu desespero
Na poesia, não no pobre que vejo no espelho.
Quero acolhê-lo
E perdoá-lo, por não
Ter se deixado adaptar
Nesse mundo de fingidores
Nesse mundo de lá e cá.

Poemas extensos e até,
Desconexos.
Quem entenderá?
Algum desencaixado como eu
Certamente, saudarei
Seu eu saturado
Dolorido e cambaleado.
Desacreditado dessas horas que chamam de dias,
E desses dias que chamam de vida!

L.e

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Olá, queridos leitores!!!!!!!

Agradeço por lerem essa confusão tão boa que é a Poesia, a nossa, pois escrevo para mim, e para vós.
2K de muitos olhinhos lendo minhas palavras, é um amor sem fim.
Só tenho a dizer, meu muito Obrigado! ❤️❤️❤️❤️

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora