LXXXI

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Poema das cores.

O sono do sol que se deita
Na calma que o dia põe
Na paz que o corpo se deleita
Quando a alma se decompõe

Ah sol, se esconde devagar
Que é pra eu te fotografar
Ah sol, se envergonhe não
Seja só você
Que lhe darei meu coração.

Às cores que pintaram essa aquarela
Talvez não forma a escolha certa
Mas tem tinta pra todo gosto peculiar
Venha, vamos procurar!

Tem tinta no seu (a)braço
Tem na ponta do seu nariz
Tem amor colorindo seu olho
Leio isso no seu sorriso feliz.

Tem coisa colorindo dentro de você
É seu amor por você, amor meu
Talvez ainda não percebeu
O quanto isso colore o branco que sobrou dentro deu.

Não procure tantas respostas
Para as coisas que precisam de tanto pra se responder.
Deixe o fluxo seguir livre em direção do mar
Deixe a vida se encarregar de te trazer.

Pinte essa tela com calma
Pinte essa tela com leveza
Pinte com sua indelicada delicadeza.
A paciência requer paciência
E umas palavras certas
De um poema qualquer.

Deixe a janela de teu quarto aberta
Vou buscar teu sorriso,
Na sua mala de seriedade.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora