CXLII

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A época de que somos
Já se foi, passou-se.
Ou talvez ainda não existiu.

Mas ainda lho farei cartas
Escreverei em matéria para ti
Todo meu sentir
Todo meu fraco amor.
Ressentido.
Porém, tão bem nutrido.

Mas ainda lhe direi
Sempre que pulsar o meu coração
O quanto os teus cachos te rodeiam lindamente,
Relatarei feito grande poeta que um dia serei, eu direi
Que os traços que lapidam o seu rosto
São ínfimos, belos, feitos a átomos encomendados.

Sua voz, dada pelos deuses
Perturbam até a alma menos turva que se encontra sobre a face temporal.

Talvez seja feitiço de teu amor, sobe os lençóis da minha alma encantada, que me entorpecem a ponto de te enxergar
Nada menos do que a maior perfeição da existência.
Mas, quer seja isto, ou não.
Nada disto, foi dito e escrito em tão sã consciência.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora