CXXI

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A varanda do prédio
Parece alta.
A quantidade de remédios
Parece grande.
Às gotas do oceano
Parecem incontáveis.
O oxigênio no ar
Parece ser impossível de acabar.
Às infinitudes das coisas
São infinitas.

O que cabe nos pequenos versos?
Não coube a história
Inventada por sua pequena mente imatura.

O que nos cabe ser no universo?
Seres castigados, cansados desse acontecimento inverso.

Todas as infinidades
Pareciam poucas,
Para descrever o amor.
Todas as infinidades
Foram inúteis
Para superar a dor
De achar saber, o que era amor.

A varanda, pediu calma.
O remédio, disse:
–Tens uma bela alma.
O oxigênio, entrou outra vez nos estarrecidos pulmões.

Por fim, as memórias
Malditas memórias afetivas.
Elas, falaram à mim
Como ninguém.
– O amor nunca te faria morrer.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora