CXCVI

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Há sangue e ferrugem
Desfalecido sob a mesa.
Pelo menos, queria mente minha, que isto houvesse.

Queria eu, ter cérebro inerte
Para com a adaga mais cortante
Rasgar-me da face até a planta dos pés.
Dividir-me ao meio,
Até que nada mais pudesse ser partido dentro de mim.
O sangue, decerto que feito poça, daria um colorido novo ao chão.
Minha face duplicada, refletiria
Minha tamanha dualidade racional.
Minha morte, seria minha voz calada.
Seria a fragilidade da vida, em arte crua estampada.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora