CIX

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Noite mal dormida
Descanso extasiado
Fui tocado
No centro da alma
Com uma sinfônica calma
Que desfaz os novelos da minha ansiedade.

Janela aberta
Cortina dançante
Nesse instante
Escrevo
Diferente de tudo que já fui
Em mim não desespero.
Há um seio, acoplado em mim.
Parte minha
Que me faz não ter fim
Confusão, que embebeda meu peito
Mesmo tanta profundidade
É tudo meu, não há jeito.

Ver o sol nascer
Dispensa às nuances
Ele me responde
Tudo sobre você.

É tão simples
Perceber,
Não há quem possa hoje
Se pertencer.
Cada tato,
Tem tatuando tudo de você.
Só vais ver
A ponta do iceberg.

Sentimentos, são nomeações
De uma língua, desesperada
Pois não suportam, que não hajam palavras,
Não admiram como a fala é falha
Quando se trata de amar.

Complicações,
Pro papel.
Todas as lágrimas
Cura céu.
Todas feridas
Ata meu, outro eu.
Às estações vão sempre seguir seu curso.

Dê-me cá, só o que podes dá.
Lhe darei, o que de mim poderei.
Vejamos a vida, sem significados palpáveis,
Somos incríveis
Loucos incontáveis.
Tantos dias, inamáveis.

Mas além de troços digitais,
Que carregam e nos consomem, feito animais.
Temos sonhos vazios
Corpos tão frios
Que mesmo se negando
Estão sempre procurando
Ar puro, de outro seio, para respirar em paz.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora