CLXIV

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te amo como um mudo, que tudo sente
E nada falas.
te amo como um moco, que tanto anseia ouvir tua voz, e nunca ouve.
te amo como um louco, que bebe tinta, que é artista, que consome o que ama.
te amo como um depressivo, que ama a morte, e busca suicidar-se, mas sempre é impedido por alguém.

Amaria tantas coisas, todas as coisas
Que saíssem de sua boca.
Amaria cada expressão, que o teu rosto fizesse para mim.
Amaria saber o que é amor, além de um mero poema solitário, escrito numa madrugada, num feio quarto, por uma criatura bela, absurda e doida.

Os sonhos desses olhos, são apenas anseios.
Meu sofrimento, é por reprimir tanto desejo, talvez carência, que seja o diabo que for.
Quero, entre os bilhões de corpos mundanos, apenas o teu calor sobre meu corpo. Nada mais.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora