XCIII

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Se me tirassem a vida
E o resto de fôlego, de meus fadados pulmões.

Se abrissem, um rasgo em meu seio, ponta à ponta, e abrissem o meu coração ao meio.

Se me ferissem, rasgassem meus pulsos, rachassem meus lábios com bofetadas, e me largassem ensanguentada.

Tudo, tudo dentro e fora de mim, então verias.

Verias que tem seu nome em tudo.

Da dor ao desespero, te pertenço.
Da insensatez, a parte minimamente lúcida, te pertenço.

Peco, te pertencendo tanto assim.
Peco, por arder, só quando tocam no seu nome.
Irei direto para o inferno, se chegar a tocar ao menos à íris do seu olho.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora