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Penúltima rua da cidade.

Às faces da rua
Desenhadas pelas sombras
Sentimento exatsiado em penumbra
Que os pecados motivados pelo amor, Deus encubra.

Que a quintura ardente desse dia
Não absorva os corpos dessa breve estadia.
Há necessidade de um vinho nas janelas
Para acompanhar, os que fumegam o pó dos próprios destroços.

Se envolvem pela luz fraca do luar
Os loucos que não resistem aos desejos mais sombrios
Há sede por toda essa rua, por toda essa cidade.

Pobres, pobres de alma,
De almas sujas e saturadas
Embebedados pela árdua cachaça da vida.

Que poderá ferir outro pobre?
Se até quem os percebe por debaixo da couraça
Está à beber dessa maldita cachaça
E é tão pobre coitado
Quanto os relatados nessa escrita.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora