LXII

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Cada desabitada

Parece que todo mundo desse mundo, anda feliz.
E eu, ando sempre atrasado.
Todos com sua parcela,
Espalhando fala bela,
Mas para mim?
– Desculpe, para você não há nada.

Ando tão desamparada,
Perdida no desassossego
Parece que a minha estrada
É carregada pelo medo.

Parece que o mundo a minha volta,
Não liga muito para minha alegria fingida.
Não percebem que estou querendo destruir minha vida.

A comida não tem lá muito gosto.
Como só para atrasar a morte.
Quem dera eu desse sorte,
De partir só com a dor do meu coração.

Meus olhos estão cansados.
Meu peito desolado.
O problema? Tudo muito acumulado.

Acumulado tristeza, solidão.
E um enorme vazio no meu coração.

L.e

Poemas sobre amor e outros sentimentos caóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora