LXXI

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Em relação ao amor
E suas milhares de faces
Não há tempo certo
Não há empate.

Sei que ele existe
Precisamos acreditar em algo com toda nossa força.
Precisamos de algo que entorpeça
A ilusão amarga deste mundo depravado.

Eu não sei o que vejo naquele par de olhos
Mas quando os imagino...
Dentro de mim, os poucos centímetros de meus órgãos.
Tocam em sinfonia
Meus olhos, se enchem de lágrimas
A boca seca, e sorri um pouco desesperada.

Amo com todo meu corpo,
Aquele par de olhos.

Que a ansiedade não me engane.

Mas por causa dela,
Aprendi a fazer tudo com pressa.

Me parece muito perigoso
Amar as pessoas com tanta pressa.
Mas me parece muito mais perigoso, nunca amar ninguém.

L.e

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