Capítulo 43 - decisões parte 3

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Quando as pessoas apenas me falavam sobre casamentos, eu ignorava, quando elas diziam que a felicidade está presente nas pessoas a sua volta, eu achei ridículo, quando ouvir dizer que para você ser uma pessoa completa você deve está ao lado de alg...

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Quando as pessoas apenas me falavam sobre casamentos, eu ignorava, quando elas diziam que a felicidade está presente nas pessoas a sua volta, eu achei ridículo, quando ouvir dizer que para você ser uma pessoa completa você deve está ao lado de alguém que te complete e rodeado de pessoas que te amam, eu achei irônico, pelo o simples fato de que eu sou uma pessoa sozinha.

Eu sou feliz sozinha, não preciso de pessoas, não preciso de um casamento, não preciso que as pessoas me amem.

Pelo o menos foi o que pensei.

Nós primeiros anos após perder tudo, meu coração se fechou de uma maneira que eu nunca achei possível, eu não podia ouvir o nome da minha família que uma amargura tomava conta de mim, porque quando precisei  eles não me ajudaram, quando percebi que não ia conseguir me sustentar e manter meu bebê seguro, eu engolir o meu orgulho e liguei para o meu pai pedindo ajuda, mas minha mãe atendeu e disse que meu pai não queria me ver, afinal eu tinha jogado na cara dele que ele não era o meu pai, disse que meus irmãos estavam felizes sem me também, e para comprovar após desligar me mandou uma foto deles rindo em um almoço de família, aquilo me machucou e eu me recusei a pedir ajuda deles outra vez. Eles eram felizes sem mim, essa confirmação mostrou que nenhum deles se importavam comigo, que a minha existência na vida deles, não significava nada, saber disso quebrou um parte do meu coração já quebrado.

Quando vim a perder o meu bebê com seis meses, o resto de esperança e amor que eu tinha no meu coração se dissipou por completo, meu coração quebrou por completo e me perdi.

Tentei suicídio três vezes, mas todas as vezes o Rafael me salvou a tempo, depois de perceber que ele não me deixaria morrer, enchia a cara com bebidas e dormia com qualquer um, na esperança da dor ir embora, de esquecer tudo, mas ainda assim não funcionou.

Isso se repetiu por três meses após perder o meu filho, apesar de ter tido que aceitava a ajuda do Rafael, eu não conseguir me sentir melhor quando o homem que abusava dos seus funcionários mesmo sabendo que um deles estava grávida foi preso e seu bar fechado, a vingança, ainda não me trouxe alívio, e eu não conseguia parar de pensar que tudo foi culpa minha, se eu apenas não tivesse nascido, eu não precisaria sofrer.

Eu me sentia suja, afinal eu era o fruto de um abuso, minha mãe não me quis, meu pai que me amava não era meu pai, meus irmãos não sabiam nada sobre rejeição e eram felizes, enquanto eu, era rejeitada por quem eu sempre busquei aprovação e amor, por quem me esforçava dia a dia, apenas para ter minhas esperanças despedaçadas.

O falso amor que eu conheci, a dependência que eu sentir por ele, a frágil felicidade que ele me deu, só serviu para mostrar mais uma vez que eu não merecia ser amada e todas as sequencias das coisas que deram errados formam para o destino provar, que o mundo também me rejeita e não me quer nele, então porque? Eu não conseguia entender, então porque eu não conseguia morrer? Se eu não precisava viver, e nem morrer, onde no mundo eu me encaixaria?

ENFIM VOCÊ - Livro 1 - irmãos santoreOnde histórias criam vida. Descubra agora