Emma Santore é a pessoa Mais fria que vocês irão conhecer.
A mais implacável também. A mais ambiciosa e vaidosa com certeza.
Tem a Mania de se achar a dona do mundo inteiro, vive por si mesma e destrói aqueles que atravessam o seu caminho.
Não é c...
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Silêncio.
Elas saem pela a porta rindo e tudo de repente parece sem graça e triste, tudo no mais absoluto silêncio. Olho para a mesa e vejo um pequeno bolo, não um bolo grande, mas um pequeno para me fazer sentir como uma intrusa, como alguém que roubou meros segundos do dia que todos os anos é um dia cheio de bolo, doces, bagunças e filmes de Barbie e desenhos da Disney, que agora não me pertence mais.
Olho para o bolo com um imenso desejo de arremessa-lo na parede, mas me contenho pegando o mesmo e colocando de voltar na geladeira, nunca que vou dar uma mordida em algo que foi comprado com pena.
Aposto que a Rafaela pensou, a Emma sempre desmarca tudo para o aniversário da Sofia, então vamos comprar um pequeno bolo e comemora com ela durante uma hora e depois podemos ir curtir o aniversário de verdade, vamos fazer isso para que ela não fique sozinha.
Veja agora? Ainda estou sozinha, não se passou nem vinte minutos desde que levantei da cama e corri para baixo apenas para ver o sorriso dela ao abrir o presente e sorrir, olho para o mesmo jogado em cima do sofá e me sinto ainda mais sozinha.
Não era para o dia de hoje começar assim. Pego meu celular e disco o número de alguém que pode me fazer suar e esquecer por algumas horas de tudo que eu perdi a oito anos atrás.
— Bom dia Emma, em que posso ajuda-la?
— Dá parar de falar como se fosse uma secretaria Rafael? — reclamo. E o escuto rir do outro lado.
— Seu desejo é uma ordem, então falando sério, oque aconteceu para ser você a me ligar?
— Quero uma seção de treino hoje, pode ser? — pergunto e tudo que escuto é silêncio do outro lado, tiro o celular do ouvido e vejo que a ligação não caiu. — Rafael?
— Sinto muito Emma, estou em Chicago esse fim de semana. Não pode deixar para o próximo? — questiona ele e eu finjo acreditar em sua desculpa.
— Ok, a gente se fala. — desligo e me jogo no sofá abraçando os meus joelhos.
Oque deu em todo mundo hoje? Porque eles resolveram me abandonar de uma vez? Porque Justo as pessoas que eu mais confio me deram um perdido e me deixaram sozinha?
— DROGA! — grito com raiva, se eles vão me tirar das suas vidas, é melhor eu fazer o mesmo, vou cuidar da minha vida e me manter ocupada e distante de todo esse caos.
Não sou sentimental, mas que droga!
Irritada, subo correndo as escadas e entro no meu quarto sem olhar para nada e me jogo embaixo do chuveiro com roupa de tudo, quero esquecer essa sensação de abandono.
Porque acha que alguém ficaria com você? — meu reflexo questiona. — Você é tóxica demais, ninguém amaria alguém como você, e está na hora de você acordar. Todos sempre irão te abandonar, não foi isso que a vida ensinou a você?
