Emma Santore é a pessoa Mais fria que vocês irão conhecer.
A mais implacável também. A mais ambiciosa e vaidosa com certeza.
Tem a Mania de se achar a dona do mundo inteiro, vive por si mesma e destrói aqueles que atravessam o seu caminho.
Não é c...
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Chega um certo momento da nossa vida que não queremos nem levantar da cama, para não ter que encarar a vida e a realidade, não dá chances para ela nos machucar ou jogar na nossa cara os erros do passado.
As vezes só por alguns instantes, eu penso se não teria sido melhor não ter existido, de não ser uma existência, de ser apenas uma página em Branco, onde eu não teria nascido, onde não teria um nome, não teria fotos e nem passado, uma existência inexistente, sem marcas e nem machucados, onde eu não machucaria ninguém e ninguém me machucaria. Afinal, eu não seria ninguém, e nem teria consciência de nada, apenas uma tela em Branco, vazia e fria.
Meu coração bate mais rápido do que o normal, acelerado e cheio de uma angústia que eu não sabia explicar, embora eu saiba da onde ela veio.
Meus sapatos ecoam pelo o chão de mármore, o vazio e o silêncio preenchendo o apartamento.
— Por que agora? — questiono confusa. Porque do nada ela vem direto na minha direção, porque a Angel tinha que voltar, porque todos eles voltaram para me assombrar, oque eu fiz para merecer isso?
Tiro os saltos, o terninho junto com a camiseta, a calça logo em seguida e me sento na cama só de lingerie, encarando a parede.
Tudo em meu quarto é em tons neutros, parecendo vazio e sem cor, assim como estou me sentindo agora.
Uma lembrança cruza a minha mente, uma lembrança que costumava ser Doce e feliz, mas que hoje não passa de lembranças de um passado distante.
Eu e meus irmãos costumávamos sentar no pequeno jardim da parte de trás da nossa casa e ver a Angel dançar, ela era perfeita, uma bailarina nata, ela adorava dança e através da dança ela passava todos os sentimentos dela por meio da dança, tristeza, felicidade, raiva, delicadeza e amor.
Então quando o Roger disse que ela simplesmente tinha entrando no FBI, a primeira coisa que me ocorreu foi que ela não era mais a minha princesa e muito menos a minha irmã. E sei quando nós encontrarmos daqui a duas semanas seremos duas estranhas com o mesmo sangue ou quase.
Sem que eu consiga controlar lágrimas caem do meu rosto, e eu choro, choro pelo o passado que ainda deixa marcas, choro pelos laços que eu abandonei, choro por saber que a Emma de hoje não precisa de ninguém, simplesmente deixo a máscara que uso no dia a dia cair.
Eu Emma Santore, por menor que seja, possuo um coração e ele sangrar quando machucado.
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A primeira coisa que noto no dia seguinte, é o sol batendo no meu rosto, a luz do dia invadindo o quarto e me lembrando que está na hora de levantar e ir trabalhar, mas ao mesmo tempo que meu cérebro registra essa informação, meu corpo pede para não deixar a cama, e estou quase obedecendo ao mesmo quando lembro-me que tenho uma audiência as dez horas.
