Capítulo 54 - Choro & descobertas.

187 22 26
                                    



Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



— Iris, não seja assim, se decorar seu quarto todo com o tema de Harry Potter vai ficar estranho.

— Mas eu quero mamãe, você prometeu que eu poderia decorar do meu jeito.

— Sim eu disse e mantenho minha palavra, porém não posso permitir isso. — respondo encarando a menina que faz um pico enorme, maldita hora em que fui assistir Harry Potter com ela. — Que tal a gente encontar um meio termo? Pode ter alguns detalhes com a decoração de Harry Potter, entretanto você vai ter balancear com algumas outras coisas fofas, afinal você é uma criança, precisa de um quarto a altura.

— Mas mamãe....

— Quando você fizer doze anos, eu prometo que deixo você decorar seu quarto do jeito que quiser.

— A senhora disse o mesmo, a algumas horas atrás! — seu olhar me diz que ela não está nenhum pouco convencida.

— Que tal assim, vamos decorar com Harry Potter, alguns ursos e bonecas bonitas, uma estante com vários livros, uma mesinha de estudo e....— continue mostrando algumas decorações para ela e móveis enquanto o tempo passava.

No fim o seu quarto seria lindo, não muito feminino, porém na medida que uma criança da sua idade adoraria.

As horas passaram rápido e quando percebi já estava na hora da visitar o meu pai.

Sentia que meu coração sairia do peito, havia tantas coisas que ainda não estava claro, tantas coisas que eu teria que falar e ouvir, e só de pensar nisso, o meu corpo tremia.

NÃO SEJA COVARDE! — Minha consciência gritou comigo e eu respirei fundo diante da porta do quarto do homem que foi meu porto seguro.

Várias lembranças cruzam minha mente, lembranças dele comigo no colo, festa de chá, me consolando quando tinha pesadelos, sorrindo e me acariciando na cabeça e dizendo que eu era uma boa garota, de se jogar em seus braços rindo e ser recebida com amor e carinho, dos cuidados e broncas.

Abrindo a porta me deparo com um homem dormindo pacíficamente como se quase não tivesse causado nenhuma confusão ou choro, tão tranquilo.... Pai.....

Lágrimas descem pelo o meu rosto, quando o vejo assim, calmo por fora, mas passou por momentos apavorantes por minha culpa, ele que teve que suporta todo o meu ressentimento e distância, que apesar de todos os motivos para não me querer ou amar, ele ainda me manteve em seu coração, ainda pensava em mim e deseja que eu pudesse voltar a chamá-lo de pai, um homem que sempre deu o seu melhor, e tudo de si, que correu atrás da sua filha pensando que ela estaria triste e destruída com as notícias falsas e que por causa da mesma, sofreu um acidente.

— Eu.....— choro ao me aproximar dele. — Me desculpa, pai. Eu.... só quero que você fique bem, que acorde e me chame de pirranha, que me dê o sermão que vem guardando por quase nove anos....que você abra os olhos e me chame de filha de novo, mesmo que eu seja egoísta, imatura e só pensa em mim, eu ainda......eu...quero que me perdoei e que me diga que nunca mais vai me deixar ir pra longe nem que precise me pôr de castigo como uma garotinha....então por favor....pai...abra os olhos para que eu possa pedir perdão olhando para seus olhos gentis....por favor pai... Mesmo que eu não tenha o direito de chama-lo assim, ainda assim....por favor... acorde....

ENFIM VOCÊ - Livro 1 - irmãos santoreOnde histórias criam vida. Descubra agora