18 - Mais um tempo

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Esqueceram completamente quem eram ou onde estavam. Simplesmente entregaram-se aquele momento. Não ouviram o tumulto de vozes ao seu redor. Não se importavam com mais nada. Não ali, não naquele momento. As pessoas já se movimentavam para saírem dali, os meninos davam autógrafos e tiravam fotos. Flashes estouravam a volta deles, sem que dessem por isso. Mas de repente Ana afastou-o.

– O que houve agora? – ele perguntou. Ela sorriu e olhou ao redor.

– Primeiro, vamos sair daqui. – puxou-o pelo braço até seu camarim, entrou, fechando a porta em seguida. Ele voltou a abraçá-la, mas ela não deixou que ele a beijasse.

– O que foi? Eu esperei muito por isso, sabia, Julia? – olhando-a maliciosamente.

– Eu sei. – ela abraçou-o carinhosamente. – Mas ainda temos um problema.

– O que foi agora? – ele revirou os olhos.

– Samantha! – sorrindo.

– Não vamos começar com isso de novo, não é? – num suspiro entediado.

– Calma! Alex! Eu só dizendo que você é comprometido com ela. E, portanto ainda não podemos ficar juntos. – ele cruzou os braços e olhou-a seriamente.

– Eu pensei que... – ela puxou os braços, segurando nas mãos dele.

– E pensou certo! Eu amo você! Não disse nada ao contrário disso. E quero ficar com você, sem dúvida alguma! Mas antes você tem que terminar seu compromisso com a Samantha, entendeu? – ele puxou-a para junto dele.

– Entendi! Mas a gente não pode só fingir que ela não existe. – ela afastou-o com os braços.

– Não! Primeiro você termina com ela. E só depois você terá a sua AJ de volta! – ela franziu a testa.

– Está me dizendo que... Vai mesmo fazer isso comigo? – ela sorriu.

– Meu amor, você é comprometido! E enquanto permanecer assim... – ela afastou-se dele uns três passos. – Mantenha suas mãos longe de mim! – ele sorriu.

– Isso é mesmo sério Julia? – com uma ruga intensa na testa.

– É sim! E muito! Só não chega muito perto. – ele sorriu maliciosamente.

– Mas eu. – ele tornou a aproximar-se dela, que se esquivou.

– Pára com isso! – foi até a porta abrindo-a. – Pronto! Agora volte para o hotel e faz o que tem que fazer e amanhã.

– Amanhã? – ele sorriu de forma ainda mais maliciosa.

– É. – ela balançou a cabeça. – Amanhã quando você for solteiro novamente. – ela ficou séria de repente.

– O que houve? – perguntou encarando-a.

– Você a guarda pra mim? – ela tirou a correntinha do pescoço. A voz dela tinha uma nota de dor.

– Por quê? Não vai mais usar? – ele apanhou a joia.

– Não! – os olhos dela encheram-se de lágrimas. – O fecho se abriu no carro. E eu abaixei pra pegar. Não vi o carro do Kevin.

– Por que ainda está pensando nisso? – ele abraçou-a.

– Eu só lembro de apanhar a corrente e pensar em você com tanta força... – ela encostou a cabeça no peito dele. – Eu tive tanto medo. E agora, dói... Dói muito aqui dentro.

– Eu sei, meu amor! Mas agora vai ficar tudo bem. – ela ergueu a cabeça.

– Alex, você não teve culpa nenhuma. – garantiu abraçando-o. Ele sorriu.

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