26 - Sem segredos

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 Anne terminava de comer uma taça de sorvete. Nick olhava para a rua através do vidro. Ele parecia distraído e ela ficou um tanto curiosa.

– O que foi? Arrependido de alguma coisa? – Nick e voltou-se rapidamente para ela.

– Não. Não é isso. Eu só estava pensando...

– Posso saber em que pensava? – ele sorriu.

– Sempre achei que essas coisas só aconteciam em filmes. – Anne franziu a testa.

– De que coisas você está falando? – Nick sorriu e suspirou.

– Amor à primeira vista, atração irresistível, esse tipo de coisas... Como Ana e AJ. – Anne sorriu maliciosamente.

– Mas não era deles que você estava falando. – ele sorriu, um tanto sem jeito.

– Não só deles. – ela sorriu.

– Você acredita em destino Nickolas? – ele apenas sorriu e ela sorriu para ele. Beijaram-se.

Brian e Kevin saiam do hotel naquele momento. Eles iriam até o aeroporto buscar Leighanne e Baylee. E deixavam um Howie estranhamente silencioso. Elissa havia saído muito cedo com Lídia e até agora não voltara e nem dera qualquer notícia. Já Havia alguns dias que ela andava quieta demais e um tanto ausente. Howie começava a pensar que havia algum outro motivo, além do trabalho para tanta distância.

AJ continuava no mais absoluto silêncio. Observava aquela garota abraçada a Ana. Ela olhava para ele e suspirava. Não conseguia sorrir. Voltaram para o carro e foram até o apartamento dela. Não teriam sossego para conversarem em outro lugar. Thayla não largou Ana nem por um segundo, até entrarem no apartamento.

– Querida, vá para o quarto e tome um banho, troque de roupa... – olhou para AJ. – Eu preciso ter uma conversa séria aqui... – ela suspirou.

– Mas, mãe eu... – Ana apenas franziu a testa e ergueu as sobrancelhas. – Entendi... Já vou... – a menina saiu um tanto contrariada e fechou a porta do quarto.

– Você está zangado comigo, não está? – ele sorriu, finalmente.

– Eu? Não! Só um pouco surpreso e confuso... Mas não estou zangado, por que pensou isso? – Ana suspirou aliviada.

– É que eu não lhe contei sobre ela e... – ele abraçou-a, sentando-se no sofá..

– Eu estaria zangado se ela fosse um bebê de uns oito meses apenas... – risos Mas ela tem... Quantos anos ela tem? – Ana sorriu.

– Onze!

– Onze? E você tem vinte e cinco, não é? Isso quer dizer que...

– Isso quer dizer que eu tinha quatorze anos quando ela nasceu... Quer ouvir a história? – ele cruzou os braços, fez uma careta e sorriu.

– Por favor! Eu adoraria! – Ana respirou fundo

– Bem... Você lembra do que eu disse sobre mim, naquele dia no hotel, quando nós... – ele sacudiu a cabeça.

– Sim, eu lembro! – ela suspirou.

– É a mais pura verdade. O caso é que na idade de Thayla, eu tinha muitas amigas mais velhas que eu... As outras meninas tinham entre 15 e 18 anos... E eu procurava acompanhá– las em tudo...

– Mas por quê? – franzindo a testa

– Por que eu era precoce, por que era diferente das meninas da minha idade e por que queria ser mais velha. Aos doze anos eu era praticamente como sou hoje, alguns quilos a menos, um pouco menos de... Corpo... Mas não cresci quase nada desde lá. E foi com doze anos que eu conheci o Junior, o pai da Thayla.

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