Ele deitou-a sobre os lençóis brancos e com certa afoiteza, desatou o laço que prendia o penhoar à cintura dela. A delicada peça foi jogada ao chão. Havia um ritmo de movimentos e gestos. Um ritmo frenético, acelerado. Nada era dito. Somente se podia ouvir a respiração de ambos. Ofegante, acelerada. E logo as roupas dele estavam jogadas no chão, junto a lingerie.
Ele olhava-a com um misto de desejo e desespero, como se o corpo dela possuísse o antídoto para a sua dor. Ajoelhou-se na cama, puxou-a para perto dele, levantando-a. Abriu o fecho do sutiã da garota, lançando-o pelo ar, em seguida. Parou, admirando-a por alguns instantes.
Permaneciam em uma semipenumbra. Ele acariciou-a longamente, partindo de seus ombros, descendo por seus braços finos e arrepiados. Seguindo com suas mãos pelo colo dela, macio e perfumado. Logo alcançara sua cintura. Voltou a trazer as carícias aos ombros dela, subindo pelas suas costas. Assim que alcançou a nuca, segurou-a firmemente e beijou-a, profunda e ardorosamente. Tornou a deitá-la, inclinando-se sobre ela.
Enquanto o sol nascia, Nick e Anne tomavam a estrada de volta para o hotel. Casados agora, felizes! E com um bocado de dinheiro! Nick praticamente esquecera que aquele seria um dia de trabalho intenso. Tudo em que pensava era que estava imensamente feliz. Sentia-se completo e realizado. Jamais imaginava sentir-se assim.
– Como vai dizer para eles? – abraçando-se ao braço dele e encolhendo-se no banco do carona. Nick riu prazerosamente.
– Vou dizer que nos casamos, que ganhamos quase 400 mil e que estamos felizes! – riram.
– Ai Nick! Eu sei lá. O que eles vão pensar? – com um ar de preocupação.
– Que nós enlouquecemos. – rindo. – Vai ser engraçado! Você vai ver! – Ele abraçou-a.
Quando o sol iluminou o quarto, Marcy sentiu-se incomodada. Ela e Howie passaram à metade da madrugada conversando. Acabaram se entusiasmando com a ideia da festa em conjunto. Procuravam planejar um modo de propor isso aos outros. Assim que terminassem aquelas gravações, teriam uma semana antes de recomeçar um ritmo interminável de trabalho, sem nenhuma previsão de nova pausa.
– Já acordada? – ela coçou os olhos.
– Ah! O sol... Se eu não estivesse morrendo de sono, seria maravilhoso ver o sol. – ele riu.
– Feche as cortinas e volte a dormir. Não acredito que mais alguém esteja acordado há essa hora! Além disso, já atrasamos tanto essa gravação, que algumas horas não farão muita diferença. – ela suspirou.
– Umas duas horas a mais de sono. Nada mais que isso! Temos trabalho a fazer! – novo suspiro. Howie levantou-se, puxou as cortinas e voltou a deitar-se com ela abraçando-a.
– Sossegue. – sorrindo.
Lídia não conseguira dormir. Estava sentada à janela quando o sol invadiu o quarto. Olhou Kevin dormindo sossegado. Suspirou. Pelo menos agora teria trabalho a fazer. Menos preocupação em sua cabeça. Ana não telefonara no dia anterior. Estava preocupada. Mas enfim, Kevin acordava, levantando-se da cama e indo sentar-se com ela, abraçando-a.
– Está pensando em que? – sorrindo.
– Ih! Você tem tempo? – riram. – Estou pensando em nós, nos meninos, na Ana, no clipe, no deserto e no que eu quero comer no café da manhã. – ele riu.
– Nossa! Você não dormiu, não é? – ela sorriu e balançou a cabeça.
– Na verdade, não! Cabeça pesada. Pensando em coisas demais. – suspirou.
– Relaxe, minha linda! Relaxe! – abraçou-a sorrindo.
A janela aberta do quarto deixava não só o sol alcançar Brian e Christina, como também o calor, que crescia, à medida que as horas avançavam. Mas nenhum dos dois pareceu se incomodar, nem com o sol, nem com o calor. Algumas latinhas de refrigerante estavam por ali, uma caixa de pizza vazia também. O telefone no quarto tocou.
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Alguém como Você
FanfictionCONCLUÍDO Você acredita em amor à primeira vista? Amor eterno? Grandes sacrifícios por amor? Acredita no destino? Quando Ana Julia deixou o seu país, fugindo de um mundo que não a compreendia e não a aceitava, também não acreditava em nada disso. Ma...