38 - Relativa Paz

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Depois da revelação de que Thayla era sua filha, a maior preocupação de Ana era conter o assédio da imprensa à menina. Por uma questão de maior segurança, Lídia voltou a levar Thayla consigo. Com a segurança que cercava o grupo, ficava mais fácil protegê-la. Ana seguia um ritmo acelerado de trabalho. Gravando novo clipe, ainda apresentando seu programa todas as semanas e quase sem tempo para qualquer outra coisa.

Com os meninos, não era diferente. Começavam a pensar na gravação do novo CD. Eram infindáveis reuniões sobre as faixas a serem incluídas, sessões de fotos, etc. Todos estavam trabalhando muito. E com o fim dos boatos, os convites para participações em eventos, entrevistas e afins começava a se multiplicar.

– Temos quinze minutos para almoçar. – disparou Anne. – Cadê a AJ? – estavam fora da cidade. Numa locação na praia. Gravavam o clipe de Ana.

– No telefone! – explicou Roxanne. – Disse que não está com fome.

– Ana Julia Perez! – Anne parecia impaciente. – Temos pelo menos mais dez horas de gravação pela frente. Não vai comer nada?

– Não quero comer! – Ana suspirou, afastando o telefone do ouvido. – Estou molhada, cansada e enjoada! Desculpe, Alex. – voltando a falar no telefone.

Não vai almoçar? – retrucou AJ num tom preocupado.

– Não me ouviu dizer que não?

Você está bem? – franzindo a testa.

– Não! – suspirou. – Estou exausta! Quero minha cama! Com você nela, de preferência!

Não fale essas coisas quando você está a quilômetros de distância. É maldade. – rindo.

– Isso por que você não pode ouvir o que eu estou pensando. – devolveu rindo igualmente.

Para, Julia! Estou rodeado de lindas modelos aqui, sabia? Se continuar falando essas coisas, eu posso ficar animadinho.

– Não faça isso! Desanime-se! – rindo. – Cruzes! E eu nem disse nada.

Mas se estiver pensando a metade do que eu estou. – ambos riram. – Quanto tempo mais vai ficar aí? – perguntou de repente.

– Um dia ou dois. – suspirando.

Dias? Eu estava pensando em horas. – desanimado.

– Sinto muito!

O Nick vai ficar histérico. Já ficou estressado por que não conseguiu ligar para a Anne.

– Ela desligou o telefone. Sempre desliga, não gosta de ser interrompida quando está trabalhando. Como estão as coisas? – ela pode ouvi-lo suspirar.

Depende de como você olha. – silêncio. A bateria do celular de Ana descarregava. – Julia?

– Alex? – olhou o telefone e suspirou. – Perfeito! – zangada. – Molhada, cansada, enjoada e sem celular! – jogou o celular dentro da bolsa furiosamente. Não havia levado nem o carregador, nem sua bateria reserva.

AJ tinha razão em dizer que dependia de como se olhassem as coisas. Para ele, Ana e Thayla, tudo ia muito bem. Mas não era assim com todos eles.

– Já encontrou um apartamento? – Perguntou Marcy que junto com Elissa e Lídia acompanhavam os meninos num evento de premiação a modelos. Estavam numa mesa sozinhas, distantes dos meninos.

– Ainda não! – respondeu Lídia sem muito ânimo. – E eu não quero ficar muito longe da Ana também. Melhor esperar que ela encontre o dela. – suspirou.

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