𝐇𝐔𝐌𝐀𝐍𝐒 ☬ it & st cast

CAPÍTULO 57 - paint ball

tw: abandono parental, suicídio

Wyatt havia passado a última semana inteira procurando um terreno que servisse para um dia de paint ball com os amigos. Ele havia tido muito trabalho para conseguir convencer a todos que fossem para aquele encontro, mas ficou mais do que satisfeito quando todos concordaram e combinaram de se encontrar em uma floresta onde com a ajuda de um cara da internet, Oleff havia conseguido as armas, equipamentos de proteção ao corpo e rosto, as bandeiras, e tudo que aquele jogo precisava.

Cada um iria para aquele encontro com a condução que conseguiram arrumar. Então os primeiros que chegaram foram Wyatt, Jaeden, Sadie e Sophia. Jack chegaria alguns minutos depois com Finn que ainda se encontrava bem desanimado e as outras garotas chegariam em breve também. Então antes que pudessem se decidir sobre qual jogo disputariam, quais equipes e como elas seriam formadas, Sophia avistou Sadie que estava isolada um pouco a frente e se sentou ao lado da amiga no meio daquelas folhas alaranjadas e quebradiças.

— Oi... Tá tudo bem?

— Olá. Tecnicamente sim. Estou com saudades da Ayla, é isso.

— Entendo. O que ela foi fazer no Texas mesmo? Ainda não entendi como ela simplesmente pegou as coisas dela e se mudou para outro estado.

— Você sabe que o sonho dela é ter uma boa carreira musical, não? — Sink se ajeitou, se virando para a amiga que a observava com atenção. — Ela está com a família paterna dela, que vai oferecer todo o apoio financeiro que ela vai precisar com aulas, e todas aquelas coisas. — ela riu. — Eu não sei quando ela vai voltar, porque ela disse que a família dela é muito perfeccionista. Então vão cobrar muito dela.

— E o que aconteceu com a família dela? Eu nunca tive muita oportunidade de conhecê-la melhor por... Você sabe.

— É eu sei e eu entendo o seu sentimento sobre isso. Mas a família da Ayla é separada em duas partes. A materna mora aqui em Nova Iorque, mas mora em outra cidade então a Ayla meio que vive sozinha com a ajuda financeira da mãe dela. E a parte paterna se mudou para o Texas quando os pais dela se separaram. Ela me disse que a mãe dela contou que os dois viviam em uma faixada e queriam mudar isso. Os pais dela até são amigos, e conversam por telefone sobre o futuro que darão para a filha.

— Quem nos dera ter pais assim. — Lillis abaixou seu olhar. — Eu nunca vi o meu pai. Eu provavelmente já devo ter dito que vivi com ele quando bem pequena. Mas toda criança as vezes sente a necessidade de mentir sobre ter uma vida perfeita. Isso me deixava mais confiante porque assim o pessoal se aproximava mais de mim. Só que daí eu me lembrei que eu só vi algumas fotos que minha mãe guarda na Bíblia velha dela na gaveta. Daí não vi mais graça em ficar mentindo sobre isso e resolvi ser honesta com vocês.

— Acho que o único que ainda tem uma boa relação com o pai é o Wyatt. E ele parece bem feliz, agora que a situação de vida deles melhorou.

— Eu também fico muito feliz de vê-lo assim. — Lillis olhou para trás, sorrindo de lábios juntos ao olhar para o namorado que parecia se divertir com algum assunto entre ele e Jaeden. — Querendo ou não ele se via muito dependente da Erin, e a forma como ela jogava na cara dele que eles precisavam dela, era absurda. Estar com ele, está sendo a melhor coisa que me aconteceu nesse ano.

— Então quer dizer que agora vocês dois estão namorando oficialmente?

— Sim. — a garota afirmou com ânimo. — Ele disse que queria me dar um anel de namoro, mas eu disse que isso pode esperar e eu não me importo de ficar com ele sem usar alianças também. Eu estou focando em evoluir como pessoa e acho que estou tendo um bom primeiro passo em assumir meus verdadeiros sentimentos sobre as coisas. E também estou tomando atitudes de acordo com minhas decisões, então só faço algo quando tenho 100% de certeza de que eu realmente quero isso.