capítulo 49

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Lívia

Nunca havia visto Dylan tão fragilizado assim. Ele quase nunca demonstrava o que sentia e agora estava chorando igual criança em meu colo. Isso me cortou o coração mas mesmo assim tive que ficar firme.

Começo a acariciar seu cabelo enquanto ele me conta várias coisas. Algumas que eu já imaginava e outras que eu não fazia a menor ideia. Uma dúvida surgiu em minha mente e eu decidi perguntar mesmo sabendo que poderia me arrepender.

Lívia: Posso te perguntar uma coisa? - pergunto interrompendo sua história.

Dylan: Claro - diz fungando o nariz por ter parado de chorar a poucos minutos - O que quiser.

Lívia: Quando realmente se apaixonou por mim? - pergunto e ele fica em silêncio tentando lembrar e logo abre um sorriso.

Dylan: Eu comecei a te amar quando te mandei flores - diz - Quando eu fiz você aceitar ir ao cruzeiro comigo, lembra?

Lívia: Sim.

Dylan: Quando aconteceu aquilo com a gente e nos separamos eu não sabia ao certo se te amava mesmo ou apenas me acostumei com você - diz - Mas quando você ficou longe e eu vi que tinha te perdido parecia que meu mundo acabou. Nesse dia eu tive certeza que você é a mulher que eu sempre vou amar.

Meu coração acelera nessa hora com suas palavras e um sorriso aparece em meu rosto.

Lívia: Então você realmente me amou - falo em um sussurro.

Dylan: Ainda amo - diz baixo mas consigo escutar.

Continuo fazendo carinho em seus cabelos e ele fecha os olhos mas mesmo assim não para de falar um minuto. Ele me contou tudo o que aconteceu nesse um ano que não estive em sua vida, até Max atrapalhar.

Max: Está na hora do almoço - diz entrando sem bater mas acho que Dylan não percebeu porque ainda está de olho fechado...acho que dormiu depois de tanto chorar.

Faço para que ele faça silêncio para Dylan não acordar e chorar novamente. Realmente esse último ano o deixou fragilizado.

Max: Ele tá dormindo a quanto tempo? - pergunta se sentando na cadeira de Dylan.

Lívia: A uns vinte minutos - falo ainda fazendo carinho nele - Não se preocupe, eu não o matei.

Max: Não pensei isso - diz e dá um sorriso - Queria me desculpar com você, mas são negócios, espero que entenda.

Lívia: Espero que entenda quando eu quebrar seu nariz - dou um sorriso meigo - São apenas negócios.

Max: Para, você não mata nem uma mosca.

Lívia: Pergunta ao seu irmão quem quebrou o nariz dele - falo dando um sorriso me lembrando desse dia.

Vejo max se levantar rápido e sair correndo da sala com medo. Nem parece que eles que é os mafiosos aqui.

Olho meu celular e vejo que tem várias mensagens das babás. Leio todas e acordo Dylan, eu preciso ir ao hospital urgente.

∆∆∆

Já estávamos no hospital, estava somente eu Dylan e as crianças. Eu havia mandado as babás tirar o resto do dia de folga já que eu iria ficar com eles mesmo e as menina iriam me ajudar.

Lívia: Se quiser pode ir embora - digo ao Dylan que agora estava fazendo carinho no cabelo da Sol.

Dylan: Eu não quero ir - diz rápido - Quero ficar aqui. Se você deixar.

Lívia: Você é o pai deles, óbvio que deixo - ia continuar a falar mas a porta se abre rápido e vejo Amanda e Roberta entrando.

Amanda: Hora errada? - pergunta se aproximando.

Lívia: Não - digo.

Amanda: Olha desculpa te enganar mas é que eu prefiro minha amiga sabe... - diz gesticulando com a mão falando para Dylan - E foi legal ver sua cara.

Dylan dá uma risada fazendo nós três o olhar.

Dylan: Vocês são assustadoramente parecidas - diz olhando nós duas.

Roberta: Digo a mesma coisa - diz chegando perto de Arthur e o pegando - Vou levar ele para casa, melhor não deixar ele aqui.

Amanda: Vou junto - diz e pega a bolsa de Arthur.

Lívia: Esperem - digo - A enfermeira vai vir para ver se ele também está gripado ou algo do tipo.

Elas se sentam brincando com Arthur e logo a porta se abre dando espaço a uma enfermeira de aproximadamente 40 anos.

Ela conversa com a gente e logo vai ver como Arthur estava. Ele estava com uma febre baixa, ela só passou algumas coisas para ele tomar para abaixar a febre e logo disse para ir embora com ele porque ele poderia piorar já que ele era muito pequeno e poderia se contaminar rápido com qualquer coisa ali.

Lívia: toma - digo dando meu cartão a elas - comprem oque precisar. Aproveita e compra as coisas que faltam para eles porfavor.

Roberta: não precisa - diz - a madrinha compra tudo para os bebês dela

Amanda: delas - diz corrigindo - não esquece que também sou a madrinha. E vamos comprar pela internet tudo já que Arthur não pode ficar andando muito.

Roberta: verdade - diz - só vamos na farmácia antes e já vamos para minha casa com ele. O quarto deles lá já está pronto mesmo.

Concordo e dou um beijo na cabeça de Arthur. Logo elas saem e fica somente eu Dylan e Sol no quarto de hospital.

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NÃO ME MATEM

Casada com o dono da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora